MUSICAIS / NOVIDADES/13/01/2023



😊A fadista Ana Margarida atua pela primeira vez no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, na próxima semana, antecipando temas do álbum de estreia, a publicar na primavera, numa celebração de 15 anos de carreira e do fado, como "arte urbana".

Nascida em Oliveira de Azeméis, no distrito do Aveiro, a fadista disse à agência Lusa que o espetáculo "surge um pouco antes da saída do álbum de estreia", e vai "celebrar" os cerca de 15 anos de carreira, fazendo "uma homenagem" a algumas das suas referências fadistas, como Maria José da Guia, Teresa Tarouca, Maria da Fé, Fernanda Maria, Beatriz da Conceição e Amália Rodrigues, e cantando autores como David Mourão-Ferreira, Florbela Espanca e Mário de Sá-Carneiro.

"A minha ideia [no concerto} é celebrar e fazer um balanço destes fados que canto há tantos anos - alguns fados acompanham-me desde a infância, outros são fruto das minhas grandes referências -, e juntar fados do meu repertório, que fui construindo, com poemas que recolhi, de autores que me ofereceram letras para cantar, como Tiago Torres da Silva, Francisco Guimarães ou João Monge" que será o autor, em exclusivo, do seu disco de estreia.

De João Monge, no Centro Cultural de Belém (CCB), Ana Margarida vai interpretar "Rosa Brava", na melodia tradicional do Fado Senhora do Monte, de Alfredo Marceneiro.

Profissionalmente, Ana Margarida estreou-se no Porto e canta "há cerca de 15 anos". Em 2008, recebeu o Prémio Revelação da Gala de Fados, realizada no Teatro Sá da Bandeira. Mudou-se para Lisboa em 2012 e, desde então, fez parte do elenco de algumas das casas de fado como A Severa, Adega Machado, Senhor Vinho, Parreirinha de Alfama, Maria da Mouraria e Fado ao Carmo.

A fadista realçou que há "um antes" desta carreira profissional, afirmando gostar de fado pelo ambiente familiar onde a mãe, admiradora de Teresa Tarouca (1942-2018), e a irmã cantavam fado.

"Todos os meses, com o guitarrista Jorge Onofre, fazíamos uns serões em casa, e ficava deliciada a ouvir a minha mãe e a minha irmã cantarem", disse.

Ana Margarida afirmou que a sua "paixão" pelo fado se revelou no ambiente doméstico, fora dos circuitos dos seus amigos que não gostavam de fado. "Mas eu não queria saber, pois eu gostava".

"Naquele tempo, na escola, os meus colegas não gostavam nada de fado e, inicialmente, o fado não era uma coisa que fosse escondida, mas que vivíamos em casa".

A atual dinamização fadista "é extraordinária", disse Ana Margarida. "Parece que houve um corte com a tradição, mas acho que começámos a ver que se estavam a perder as raízes, e acho que há um regresso à raiz", argumentou a intérprete, acrescentando: "É extraordinário que cada vez mais os jovens queiram conhecer a sua cultura, e que não tenham vergonha dela. Acho uma pena quando um povo tem vergonha da sua cultura".

Ana Margarida salientou à Lusa a "necessidade natural" de uma evolução fadista.

"O fado ao longo do tempo vai-se moldando, é uma arte urbana, por isso, se nós conseguirmos ir fazendo a ponte entre a tradição e o presente, acho que o futuro só poderá ser bonito", defendeu.

No palco do CCB, Ana Margarida, que conta com alguns "convidados surpresa", vai ser acompanhada pelos músicos Ricardo Parreira, na guitarra portuguesa, Bernardo Saldanha, na viola, e Francisco Gaspar, na viola baixo.

Do alinhamento, a fadista adiantou que vai interpretar um tema novo, com poema de Francisco Guimarães, "Vem Dançar", numa melodia ao estilo popular das modas da Beira - terra de sua mãe -, composta por Manuel Ferreira.

Ana Margarida cantará também poema de Mário de Sá-Carneiro, "Quase", para o qual escolheu o fado "Janelas Enfeitadas", de Casimiro Ramos. A este juntará ainda "Contradição", de Florbela Espanca, na música do Fado Isabel, de Fontes Rocha, e "Outra Noite", de Tiago Torres da Silva, na melodia do Fado Cravo, de Alfredo Marceneiro.

Do repertório das suas referências, Ana Margarida vai cantar "Saudade, Silêncio e Sombra" (Nuno Lorena/Fado Primavera, de Pedro Rodrigues), criação de Teresa Tarouca, "É Mentira" (Jorge Rosa / João Vasconcelos), de Maria da Fé, "Gosto de Ti" (Maria Lavínia/Fado Dois Tons, de Alberto Costa), de Fernanda Maria, "Quem anda por atalhos" (Artur Ribeiro/ Fado Súplica, de Armando Machado) e "Fui ao Baile" (Amadeu do Vale/Fernando Carvalho), criações de Maria José da Guia.

De Beatriz da Conceição, cantará "Veio a Saudade" (António Campos/Jorge Barradas) e, de Amália, "Rasga o Passado" (Álvaro Duarte Simões) e "Espelho Quebrado" (David Mourão-Ferreira/Alain Oulman).

Para o poeta Francisco Guimarães, autor do inédito a revelar no concerto, "há na história da voz de Ana Margarida uma confusão com a sua própria biografia": "Fadista invulgarmente talentosa, carrega em si uma estrada percorrida com todas as gerações, todos os géneros musicais e um mundo inteiro de música e poesia".

O concerto de Ana Margarida, no CCB, tem início às 21:00 da próxima quinta-feira, dia 19.

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André Sardet celebra 25 anos de carreira

O músico André Sardet celebra 25 anos de carreira com quatro espetáculos, a partir de março.

A 18 de março Sardet sobe ao palco do Teatro TivoliBBVA, em Lisboa, o segundo espetáculo está previsto para o dia 1 de abril, no Convento S. Francisco, em Coimbra, terra natal do cantor, no dia seguinte atua no Altice Fórum, em Braga e, no dia 21 de abril, em Lagoa, no Algarve.

Nestes espetáculos Sardet, 47 anos, vai apresentar "Ponto de Partida", álbum comemorativo dos 25 anos de carreira, editado em outubro passado, produzido pelo músico Diogo Clemente, e "não irão faltar os temas mais conhecidos do músico", segundo comunicado da promotora.

O seu primeiro álbum, "Imagens", saiu em 1996. Do seu repertório fazem parte canções como "Foi Feitiço", "Azul do Céu", "Frágil", "Não Mexas no Tempo" e "Um Minuto de Prazer" ou "Saber Dizer Adeus", entre outras.

Sara Correia apresenta o álbum "Do Coração" no Seixal

A fadista Sara Correia apresenta no próximo dia 13, às 21:30, no Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal, no distrito de Setúbal, o seu mais recente álbum, "Do Coração", produzido pelo músico Diogo Clemente, que a acompanhará à viola.

"Do Coração", editado em setembro de 2020, foi nomeado para o Grammy Latino de melhor álbum de música de raízes em língua portuguesa e venceu um dos Play - Prémios da Música Portuguesa, na categoria Melhor Álbum de Fado.

Além de Diogo Clemente, a fadista será também acompanhada por Ângelo Freire, na guitarra portuguesa, e Frederico Gato, na viola baixo.



 La chanteuse de fado Ana Margarida se produit pour la première fois au Centro Cultural de Belém, à Lisbonne, la semaine prochaine, anticipant les thèmes du premier album, qui sera publié au printemps, dans une célébration de 15 ans de carrière et de fado, comme « art urbain ».

Née à Oliveira de Azeméis, dans le quartier d’Aveiro, la chanteuse de fado a confié à Lusa que le spectacle « arrive juste avant le départ du premier album », et « célébrera » les presque 15 ans de carrière, rendant « un hommage » à certaines de ses références au fado, telles que Maria José da Guia, Teresa Tarouca, Maria da Fé, Fernanda Maria, Beatriz da Conceição et Amália Rodrigues, et des auteurs de chant tels que David Mourão-Ferreira, Florbela Espanca et Mário de Sá-Carneiro.

« Mon idée [au concert] est de célébrer et de faire le point sur ces fados que je chante depuis tant d’années – certains fados m’accompagnent depuis l’enfance, d’autres sont le fruit de mes grandes références – et de rejoindre les fados de mon répertoire, que j’ai construit, avec des poèmes que j’ai recueillis, d’auteurs qui m’ont offert des paroles à chanter, comme Tiago Torres da Silva, Francisco Guimarães ou João Monge » qui sera l’auteur, en exclusivité, de son premier album.

De João Monge, au Centro Cultural de Belém (CCB), Ana Margarida jouera « Rosa Brava », dans la mélodie traditionnelle du Fado Senhora do Monte, d’Alfredo Marceneiro.

Professionnellement, Ana Margarida a fait ses débuts à Porto et chante « il y a environ 15 ans ». En 2008, il a reçu le Fados Gala Revelation Award, qui s’est tenu au Teatro Sá da Bandeira. Il a déménagé à Lisbonne en 2012 et a depuis fait partie de la distribution de certaines maisons de fado telles que A Severa, Adega Machado, Senhor Vinho, Parreirinha de Alfama, Maria da Mouraria et Fado ao Carmo.

La chanteuse de fado a souligné qu’il y a « un avant » de cette carrière professionnelle, affirmant aimer le fado pour le milieu familial où la mère, admiratrice de Teresa Tarouca (1942-2018), et sa sœur chantaient le fado.

« Chaque mois, avec le guitariste Jorge Onofre, nous avions un petit service à la maison, et je serais ravi d’entendre ma mère et ma sœur chanter », a-t-il déclaré.

Ana Margarida a déclaré que sa « passion » pour le fado s’est révélée dans l’environnement familial, en dehors des circuits de ses amis qui n’aimaient pas le fado. « Mais je ne voulais pas savoir, parce que j’aimais ça. »

« À cette époque, à l’école, mes camarades de classe n’aimaient pas du tout le fado, et au début, le fado n’était pas quelque chose qui était caché, mais que nous vivions à la maison. »

La dynamique fadiste actuelle « est extraordinaire », a déclaré Ana Margarida. « Il semble qu’il y ait eu une rupture avec la tradition, mais je pense que nous avons commencé à voir que les racines se perdaient, et je pense qu’il y a un retour à la racine », a déclaré l’interprète, ajoutant: « Il est extraordinaire que de plus en plus de jeunes veuillent connaître leur culture, et qu’ils n’en aient pas honte. Je pense que c’est une honte quand un peuple a honte de sa culture. »

Ana Margarida a souligné à Lusa le « besoin naturel » d’une évolution du fado.

« Le fado au fil du temps se dessine, c’est un art urbain, donc si nous pouvons combler le fossé entre la tradition et le présent, je pense que l’avenir ne peut être que beau », a-t-il déclaré.

Sur la scène du CCB, Ana Margarida, qui a quelques « invités surprises », sera accompagnée des musiciens Ricardo Parreira, à la guitare portugaise, Bernardo Saldanha, à l’alto, et Francisco Gaspar, à la basse de l’alto.

De l’alignement, le chanteur de fado a déclaré qu’il interprétera un nouveau thème, avec un poème de Francisco Guimarães, « Vem Dançar », dans une mélodie au style populaire des modes de Beira - terre de sa mère -, composé par Manuel Ferreira.

Ana Margarida chantera également le poème de Mário de Sá-Carneiro, « Quase », pour lequel elle a choisi le fado « Janelas Defeitadas » de Casimiro Ramos. Il ajoutera également « Contradiction », de Florbela Espanca, dans la musique de Fado Isabel, de Fontes Rocha, et « Outra Noite », de Tiago Torres da Silva, dans la mélodie de Fado Cravo, d’Alfredo Marceneiro.

Du répertoire de ses références, Ana Margarida chantera « Saudade, Silêncio e Sombra » (Nuno Lorena/Fado Primavera, de Pedro Rodrigues), création de Teresa Tarouca, « É Mentira » (Jorge Rosa / João Vasconcelos), de Maria da Fé, « Gosto de Ti » (Maria Lavínia/Fado Dois Tons, d’Alberto Costa), de Fernanda Maria, « Quem sa de atalhos » (Artur Ribeiro/ Fado Supplica, d’Armando Machado) et « Fui ao Baile » (Amadeu do Vale/Fernando Carvalho), créations de Maria José da Guia.

De Beatriz da Conceição, elle chantera « Veio a Saudade » (António Campos/Jorge Barradas) et, d’Amália, « Rasga o Passado » (Álvaro Duarte Simões) et « Espelho Quebrado » (David Mourão-Ferreira/Alain Oulman).

Pour le poète Francisco Guimarães, auteur de l’inédit qui sera révélé lors du concert, « il y a dans l’histoire de La voix d’Ana Margarida une confusion avec sa propre biographie »: « Fadista exceptionnellement talentueuse, porte en elle un chemin parcouru avec toutes les générations, tous les genres musicaux et tout un monde de musique et de poésie ».

Le concert d’Ana Margarida au ccb commence à 21h00 jeudi prochain, le 19.


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André Sardet fête ses 25 ans de carrière

Le musicien André Sardet célèbre ses 25 ans de carrière avec quatre spectacles, à partir du mois de mars.

Le 18 mars, Sardet monte sur scène au théâtre TivoliBBVA à Lisbonne, le deuxième spectacle est prévu pour le 1er avril, au Convento S. Francisco, à Coimbra, la patrie du chanteur, le lendemain il se produit au Forum Altice à Braga et, le 21 avril, à Lagoa, algarve.

Dans ces spectacles, Sardet, 47 ans, présentera « Ponto de Partida », album commémorant 25 ans de carrière, édité en octobre dernier, produit par le musicien Diogo Clemente, et « ne manquera pas les thèmes les plus connus du musicien », selon un communiqué du promoteur.

Son premier album, « Imagens », sort en 1996. Son répertoire comprend des chansons telles que « Foi Feitiço », « Azul do Céu », « Frágil », « Não Mexas no Tempo » et « Um Minuto de Prazer » ou « Saber Dizer Adeus », entre autres.

Sara Correia présente l’album « Do Coração » sur Seixal

La chanteuse de fado Sara Correia présente le 13, à 21h30, dans l’auditorium municipal du Forum culturel de Seixal, dans le quartier de Setúbal, son dernier album, « Do Coração », produit par le musicien Diogo Clemente, qui l’accompagnera à l’alto.

« Do Coração », sorti en septembre 2020, a été nominé pour le Latin Grammy Award du meilleur album de musique de racines portugaises et a remporté l’un des Play - Portuguese Music Awards, dans la catégorie Meilleur album de fado.

Outre Diogo Clemente, le chanteur de fado sera également accompagné d’Ângelo Freire, à la guitare portugaise, et de Frederico Gato, à la basse alto.


Sinfónica Portuguesa estreia "Sinfonia 2022" de Côrte-Real, reflexão sobre o futuro


Lisboa, 11 jan 2023 (Lusa) - A "Sinfonia 2022", de Nuno Côrte-Real, vai ser estreada na sexta-feira, no Teatro Nacional de S. Carlos (TNSC), em Lisboa, pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob a direção do compositor, com a soprano Ann Petersen, como solista.

De acordo com o programa divulgado pelo teatro lírico português, o concerto completa-se com o prelúdio e transfiguração de "Tristão e Isolda", de Richard Wagner, com arranjos de Nuno Côrte-Real, e ainda a obra "Rédemption: morceau symphonique", de César Franck.

O TNSC, em comunicado, refere que "a nova obra de Côrte-Real [se] inspira nos sentimentos de incerteza e pessimismo sobre o nosso futuro coletivo, decorrentes dos trágicos acontecimentos de 2022".

A soprano dinamarquesa Ann Petersen, que se estreia na sexta-feira no S. Carlos, tem-se destacado na interpretaçãso de repertório alemão, designadamente nas obras líricas de Wagner e de Richard Strauss, tendo atuado em salas operáticas como a Ópera Estatal de Viena (Wiener Staatsoper), na Staatsoper de Berlim, na Royal Opera House-Covent Garden, em Londres, e no Teatro alla Scala de Milão, assim como no Teatro Colón, em Buenos Aires, entre outras.

Em 2021, Ann Petersen protagonizou duas óperas-chave de Ricard Straus: "Salomé", na versão do encenador Claus Gut, sob a direção do maestro Tugan Sokhiev, levada a cena pelo Teatro Bolshoi, em Moscovo; e "Ariadne auf Naxos", no Theâtre de la Ville de Luxembourg, com direção artística de Katie Mitchell e musical de Lawrence Renes.

Côrte-Real dirigiu em dezembro último a Sinfónica Portuguesa e o Coro do Teatro Nacional de S. Carlos, também em Lisboa, na interpretação do seu "Magnificat Manuelino", composto para a efeméride dos 500 anos da morte do rei Manuel I, que o compositor considera "o político que mais fez pelas artes em Portugal, sobretudo pela arquitetura".

Na ocasião, foi interpretado o ciclo de canções "Tremor", também de autoria de Côrte-Real, sobre poemas de Pedro Mexia.

O TNSC referiu-se a Nuno Côrte-Real, 51 anos, como "um dos mais importantes compositores portugueses da atualidade".

O compositor tem mantido uma regular colaboração com este teatro lírico, onde em 2011 estreou a ópera "Banksters", com libreto de Vasco Graça Moura.

Da produção do compositor destaca-se igualmente a ópera de câmara "A Montanha" (2007), encomenda da Fundação Calouste Gulbenkian, e "O Rapaz de Bronze", também uma ópera de câmara, baseada no conto homónimo de Sophia de Mello Breyner Andresen, uma encomenda da Casa da Música, no Porto, que se estreou em setembro de 2007.

"Sinfonia 2022", de Nuno Corte-Real, é uma das estreias de autores portugueses anunciadas pela diretora artística do TNSC Elisabete Matos para a temporada em curso. A outra é a ópera "O Rouxinol", de Sérgio Azevedo, sobre o conto "O Rouxinol e o Imperador da China", de Hans Christian Andersen, que se estreia no próximo dia 29.



Première de la Symphonie portugaise « Sinfonia 2022 » de Côrte-Real, réflexion sur l’avenir


Lisboa, 11 jan 2023 (Lusa) - Le « Sinfonia 2022 », de Nuno Côrte-Real, sera créé vendredi au Teatro Nacional de S. Carlos (TNSC), à Lisbonne, par l’Orchestre symphonique portugais, sous la direction du compositeur, avec la soprano Ann Petersen, comme soliste.

Selon le programme publié par le théâtre lyrique portugais, le concert est complété par le prélude et la transfiguration de « Tristan et Isolde » de Richard Wagner, avec des arrangements de Nuno Côrte-Real, ainsi que l’œuvre « Rédemption: morceau symphonique », de César Franck.

Le TNSC, dans un communiqué, déclare que « le nouveau travail de la Cour royale [est] inspiré par des sentiments d’incertitude et de pessimisme quant à notre avenir collectif, découlant des événements tragiques de 2022 ».

La soprano danoise Ann Petersen, qui débute vendredi à St. Charles, a excellé dans l’interprétation du répertoire allemand, notamment dans les œuvres lyriques de Wagner et Richard Strauss, après s’être produite dans des salles d’opéra telles que l’Opéra d’État de Vienne (Wiener Staatsoper), au Staatsoper de Berlin, au Royal Opera House-Covent Garden de Londres et au Teatro alla Scala de Milan, ainsi qu’au Teatro Colon de Buenos Aires, entre autres.

En 2021, Ann Petersen a joué dans deux opéras phares de Ricard Straus : « Salomé », dans la version du metteur en scène Claus Gut, sous la direction du chef d’orchestre Tugan Sokhiev, porté en scène par le Théâtre Bolchoï de Moscou ; et « Ariadne auf Naxos », au Theâtre de la Ville de Luxembourg, mise en scène de Katie Mitchell et comédie musicale de Lawrence Renes.

La Cour royale a dirigé en décembre dernier la Symphonie portugaise et le Chœur du Théâtre National de S. Carlos, également à Lisbonne, dans l’interprétation de son « Magnificat Manuelino », composé pour les éphémérides du 500e anniversaire de la mort du roi Manuel Ier, que le compositeur considère comme « l’homme politique qui a fait le plus pour les arts au Portugal, en particulier pour l’architecture ».

À l’époque, le cycle de chansons « Tremor », également écrit par Côrte-Real, sur des poèmes de Pedro Mexia a été interprété.

Le TNSC a qualifié Nuno Côrte-Real, 51 ans, de « l’un des compositeurs portugais les plus importants d’aujourd’hui ».

Le compositeur a maintenu une collaboration régulière avec ce théâtre lyrique, où en 2011 a débuté l’opéra « Banksters », sur un livret de Vasco Graça Moura.

La production du compositeur comprend également l’opéra de chambre « La Montagne » (2007), commandé par la Fondation Calouste Gulbenkian, et « Le Garçon de bronze », également un opéra de chambre, basé sur le conte éponyme de Sophia de Mello Breyner Andresen, une commande de la Casa da Música à Porto, créée en septembre 2007.

« Sinfonia 2022 », de Nuno Corte-Real, est l’une des premières d’auteurs portugais annoncées par la directrice artistique du TNSC Elisabete Matos pour la saison en cours. L’autre est l’opéra « Le Rossignol », de Sérgio Azevedo, sur la nouvelle « Le Rossignol et l’empereur de Chine » de Hans Christian Andersen, dont la première aura lieu le 29.



Carminho edita em março novo álbum "Portuguesa" e faz digressão europeia


Lisboa, 10 jan 2023 (Lusa) - A cantora portuguesa Carminho edita em março um novo álbum, intitulado "Portuguesa", que resulta de uma "busca pelo aprofundamento do seu pensamento sobre o fado", revelou hoje a agência de música Arruada.

A editar a 03 de março, "Portuguesa" tem produção da própria artista e reúne 14 temas, entre os quais "fados tradicionais originais" compostos por Carminho, como por exemplo "As flores" (fado Flores), no qual assina música e letra.

O álbum, que foi gravado ao longo dos últimos dois anos, mas em particular na primavera de 2022, conta também com vários autores convidados, como Rita Vian, que compôs "Simplesmente ser", Luísa Sobral, em "Sentas-te ao meu lado", Joana Espadinha, em "Ficar", e o músico brasileiro Marcelo Camelo, que escreveu "Levo o meu barco no mar".

Do alinhamento divulgado fazem parte ainda "Meu amor marinheiro", de António Campos e Joaquim Pimentel, e "Marcha de Alcântara de 1969", de José da Silva Nunes e Jorge d'Ávila.

"Portuguesa" é o sexto álbum da fadista Carminho, cinco anos depois de "Maria", nos quais já assinava também alguns temas originais.

"Carminho nasceu no meio das guitarras e das vozes do fado, filha da conceituada fadista Teresa Siqueira, estreou-se a cantar em público aos doze anos, no Coliseu", lê-se na página oficial.

Editou o primeiro álbum em 2009, intitulado "Fado", ao qual se seguiram "Alma" (2012), "Canto" (2014), "Carminho canta Tom Jobim" (2016) e "Maria" (2018).

Ao longo da sua carreira, a fadista tem gravado e cantado com artistas de outras áreas musicais, nomeadamente com os brasileiros Chico Buarque, Milton Nascimento e Marisa Monte, com o espanhol Pablo Alborán e com os portugueses HMB e Bárbara Bandeira.

Na altura em que anuncia este novo álbum, Carminho tem marcada uma série de concertos pela Europa, a partir de fevereiro, nomeadamente na Alemanha, Suíça, Países Baixos e Bélgica.



Carminho publie en mars un nouvel album « Portuguesa » et fait une tournée européenne


Lisboa, 10 jan 2023 (Lusa) - La chanteuse portugaise Carminho édite en mars un nouvel album, intitulé « Portuguesa », qui résulte d’une « recherche de l’approfondissement de sa réflexion sur le fado », a révélé aujourd’hui l’agence musicale Arruada.

À l’édité le 3 mars, « Portuguesa » a la propre production de l’artiste et rassemble 14 thèmes, dont des « fados traditionnels originaux » composés par Carminho, tels que « As flores » (fado Flores), dans lequel elle signe la musique et les paroles.

L’album, qui a été enregistré au cours des deux dernières années, mais surtout au printemps 2022, compte également plusieurs auteurs invités, tels que Rita Vian, qui a composé « Simplesmente ser », Luísa Sobral, dans « Sentas-te beside me », Joana Espadinha, dans « Ficar », et le musicien brésilien Marcelo Camelo, qui a écrit « Je prends mon bateau en mer ».

L’alignement publié fait également partie de « Meu amor marinheiro », d’António Campos et Joaquim Pimentel, et de « Marcha de Alcântara de 1969 », de José da Silva Nunes et Jorge d’Ávila.

« Portuguesa » est le sixième album de la chanteuse de fado Carminho, cinq ans après « Maria », dans lequel elle a également signé quelques thèmes originaux.

« Carminho est née au milieu des guitares et des voix de fado, fille de la célèbre chanteuse de fado Teresa Siqueira, a fait ses débuts pour chanter en public à l’âge de douze ans, au Colisée », peut-on lire sur la page officielle.

Il a édité le premier album en 2009, intitulé « Fado », suivi de « Alma » (2012), « Canto » (2014), « Carminho canta Tom Jobim » (2016) et « Maria » (2018).

Tout au long de sa carrière, la chanteuse de fado a enregistré et chanté avec des artistes d’autres domaines musicaux, notamment avec les Brésiliens Chico Buarque, Milton Nascimento et Marisa Monte, avec l’Espagnol Pablo Alborán et avec les Portugais HMB et Bárbara Bandeira.

Au moment de l’annonce de ce nouvel album, Carminho a programmé une série de concerts en Europe, à partir de février, notamment en Allemagne, en Suisse, aux Pays-Bas et en Belgique.


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