LDT NEWS 21/04/2023
Este é o centésimo décimo primeiro dia do ano.
Faltam 254 dias para o termo de 2023.
Pensamento do dia: "A história da humanidade está a tornar-se, cada vez mais, numa corrida entre a aquisição de conhecimentos e a catástrofe". HG Wells (1866-1946), escritor e historiador britânico.
___________________________________________________________________________
C’est le cent dixième jour de l’année.
Il reste 254 jours jusqu’à la fin de 2023.
Pensée du jour : « L’histoire de l’humanité devient, de plus en plus, une course entre l’acquisition du savoir et la catastrophe. » - H.G. Wells (1866-1946), écrivain et historien britannique
Artista visual Fernando Marante inaugura exposição de fotografia em Paris
Lisboa, 18 abr 2023 (Lusa) - O artista visual Fernando Marante inaugura hoje a exposição "Ballet Mécanique", um ensaio sobre o modo como o tempo afeta a imagem fotográfica, com peças inéditas, na Galeria Bigaignon, em Paris, França.
A exposição – a primeira do artista português em Paris - combina imagens inéditas com fotografias já exibidas na Galeria Módulo, em Lisboa, e apresenta um diálogo com duas obras do escultor Hans Kooi, criador da arte cinética, representado pela galeria Denise René.
"Ballet Mécanique", como é intitulada a exposição patente até 28 de maio, é um ensaio acerca do modo como o tempo afeta a construção da imagem fotográfica.
A mostra é uma homenagem ao filme experimental criado por Fernand Léger (1924), intitulado "Ce ballet mécanique", com finalidades de pesquisa do dispositivo cinematográfico que ilustra a intenção de transfiguração do tempo e movimento.
Fernando Marante foi um dos vencedores, em 2019, do prémio Carte Blanche — Étudiants atribuído pela Paris Foto, uma das maiores feiras internacionais de fotografia.
Na sua pesquisa, Fernando Marante "procura demonstrar visualmente que a existência é apenas uma especulação, uma imagem que não é visível entre dois tempos", indica um texto da galeria parisiense.
"Pelo movimento, o artista usa o tempo como um instrumento para jogar formalmente sobre a variação, a multiplicação e a adição, a contração e a distensão, a acumulação e a desagregação", acrescenta.
O movimento, a duração e a acumulação são manifestações do tempo, que se esvai na voracidade, desenrolada num fio perpétuo de momentos "presentes", considera o autor.
Nestes trabalhos, o artista interroga-se ainda sobre "como encontrar imagens que supomos que existem entre os bocados da existência que nos oferece mediante os instantâneos?".
Para dar realidade ao seu processo, Fernando Marante cria dispositivos para induzir o movimento feitos de pedaços de papel, plástico, vidro, cabos metálicos ou lâmpadas, motores elétricos, ventiladores e até o seu próprio corpo.
Durante este processo, espera finalmente a produção de uma imagem totalmente imprevisível, resultado de várias variáveis incontroláveis, às quais chama de "imagens-hipótese".
Fernando Marante explora a arte cinética e as suas técnicas, criando uma pós-fotografia "que se aproxima dos materiais e questiona a mecânica da visibilidade, explorando o que resta do possível e do desejado".
Nascido em 1973, Fernando Marante é um artista visual cujo trabalho tem explorado os efeitos do tempo na construção da imagem fotográfica.
Estudou no Ar.Co Centro de Arte e Comunicação Visual, em Lisboa, entre 2013 e 2019, e vive e trabalha também na capital.
L’artiste plasticien Fernando Marante inaugure une exposition de photographies à Paris
Lisboa, 18 abr 2023 (Lusa) - Le plasticien Fernando Marante inaugure aujourd’hui l’exposition « Ballet Mécanique », un essai sur la façon dont le temps affecte l’image photographique, avec des pièces inédites, à la Galerie Bigaignon à Paris, France.
L’exposition – la première portugaise de l’artiste à Paris – combine des images inédites avec des photographies déjà exposées à la galerie Módulo à Lisbonne, et présente un dialogue avec deux œuvres du sculpteur Hans Kooi, créateur de l’art cinétique, représenté par la galerie Denise René.
« Ballet Mécanique », comme le titre de l’exposition ouverte jusqu’au 28 mai, est un essai sur la façon dont le temps affecte la construction de l’image photographique.
L’exposition est un hommage au film expérimental créé par Fernand Léger (1924), intitulé « Ce ballet mécanique », dans le but de rechercher le dispositif cinématographique qui illustre l’intention de transfiguration du temps et du mouvement.
Fernando Marante a été l’un des lauréats, en 2019, du prix Carte Blanche — Étudiants décerné par Paris Foto, l’un des plus grands salons internationaux de la photographie.
Dans ses recherches, Fernando Marante « cherche à démontrer visuellement que l’existence n’est qu’une spéculation, une image qui n’est pas visible entre deux temps », selon un texte de la galerie parisienne.
« À travers le mouvement, l’artiste utilise le temps comme un instrument pour jouer formellement sur la variation, la multiplication et l’addition, la contraction et la distension, l’accumulation et la désagrégation », ajoute-t-il.
Le mouvement, la durée et l’accumulation sont des manifestations du temps, qui s’estompe dans la voracité, déployée dans un fil perpétuel de moments « présents », estime l’auteur.
Dans ces œuvres, l’artiste s’interroge aussi sur « comment trouver des images que nous supposons exister parmi les morceaux d’existence qu’il nous offre à travers les instantanés ? ».
Pour donner une réalité à son processus, Fernando Marante crée des dispositifs pour induire un mouvement fait de morceaux de papier, de plastique, de verre, de câbles métalliques ou de lampes, de moteurs électriques, d’éventails et même de son propre corps.
Au cours de ce processus, il s’attend finalement à la production d’une image totalement imprévisible, résultat de plusieurs variables incontrôlables, qu’il appelle « hypothèses-images ».
Fernando Marante explore l’art cinétique et ses techniques, créant une post-photographie « qui aborde les matériaux et questionne la mécanique de la visibilité, explorant ce qui reste du possible et du désiré ».
Né en 1973, Fernando Marante est un artiste visuel dont le travail a exploré les effets du temps sur la construction de l’image photographique.
Elle a étudié au Ar.Co Centro de Arte e Comunicação Visual, à Lisbonne, entre 2013 et 2019, et vit et travaille également dans la capitale.
25 Abril: Ana Moura, rapper Nenny e escultura de Rui Chafes nas comemorações na residência de António Costa
Lisboa, 20 abr 2023 (Lusa) - A fadista Ana Moura e a rapper Nenny vão participar na celebração do 25 de Abril na residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, que contará também com a inauguração de uma escultura de Rui Chafes, especialmente concebida para o jardim de S. Bento.
De acordo com uma nota do gabinete de António Costa, o programa cultural da celebração da Revolução dos Cravos vai contar com uma dezena de espetáculos e atividades nos espaços do jardim, dirigida a públicos de todas as idades, de música, dança, teatro de marionetas e oficinas de produção artesanal.
O Coro dos Anjos, um grupo lisboeta que segundo o gabinete do primeiro-ministro "mantém vivo o canto polifónico de matriz tradicional portuguesa contribuindo para a sua renovação com um repertório contemporâneo", e os jovens tocadores de percussão Porbatuka, um projeto de Almada, são outras das participações musicais.
A um ano de se completar o 50.º aniversário da Revolução de Abril, vai ser inaugurada uma obra do escultor Rui Chafes, "especialmente concebida para o jardim da Residência Oficial", refere o gabinete de António Costa.
O programa cultural inclui a atuação do Ensemble de Metais da Metropolitana, agrupamento formado por alunos da Academia Nacional Superior da Orquestra Metropolitana de Lisboa, e uma aula aberta de breaking, que será modalidade olímpica a partir dos Jogos Olímpicos do próximo ano, em Paris.
Será também apresentado o espetáculo de dança da dupla Jonas & Lander, "Bate Fado", o qual recupera uma vertente histórica do fado, e que, à semelhança do samba ou do flamenco, também foi dançado, lê-se na nota.
Como é habitual, o Palacete de São Bento, edifício principal da residência oficial do primeiro-ministro, estará aberto para visitas entre as 14:30 e 18:30 de 25 de abril, sendo o público convidado "a descobrir as mostras Arte em São Bento e Design em São Bento".
"Arte em São Bento apresenta uma seleção de obras de artistas portugueses contemporâneos pertencentes à Coleção Peter Meeker. Design em São Bento é uma mostra representativa do design nacional que integra o mobiliário e os objetos decorativos nos espaços da Residência Oficial com funções protocolares", indica o gabinete.
Para assinalar "a importância das artes e ofícios tradicionais enquanto património cultural vivo, serão promovidas oficinas de prática artesanal, numa colaboração com o Programa Nacional Saber Fazer".
Conduzidas por artesãos e abertas à participação do público, segundo a nota, "propõem-se quatro oficinas dedicadas a técnicas distintas: Processamento da Lã, Tecelagem, Palma e Tabua".
As entradas são gratuitas e deverão realizar-se pela Rua da Imprensa à Estrela, em Lisboa.
25 avril: Ana Moura, le rappeur Nenny et la sculpture de Rui Chafes dans les célébrations à la résidence d’António Costa
Lisboa, 20 abr 2023 (Lusa) - La chanteuse de fado Ana Moura et le rappeur Nenny participeront à la célébration du 25 avril à la résidence officielle du Premier ministre, António Costa, qui comprendra également l’inauguration d’une sculpture de Rui Chafes, spécialement conçue pour le jardin de S. Bento.
Selon une note du bureau d’António Costa, le programme culturel de la célébration de la Révolution des œillets comprendra une douzaine de spectacles et d’activités dans les espaces jardins, destinés à des publics de tous âges, de la musique, de la danse, du théâtre de marionnettes et des ateliers de production artisanale.
Le Chœur des Anges, un groupe de Lisbonne qui, selon le bureau du Premier ministre, « maintient vivant le chant polyphonique de la matrice traditionnelle portugaise contribuant à son renouvellement avec un répertoire contemporain », et les jeunes percussionnistes Porbatuka, un projet d’Almada, sont d’autres participations musicales.
À un an du 50e anniversaire de la Révolution d’avril, une œuvre du sculpteur Rui Chafes sera inaugurée, « spécialement conçue pour le jardin de la résidence officielle », indique le bureau d’António Costa.
Le programme culturel comprend la performance du Metropolitan Brass Ensemble, un groupe formé par des étudiants de l’Académie nationale supérieure de l’Orchestre métropolitain de Lisbonne, et une classe de rupture ouverte, qui sera une modalité olympique des Jeux olympiques de l’année prochaine à Paris.
Il sera également présenté le spectacle de danse du duo Jonas & Lander, « Bate Fado », qui récupère un aspect historique du fado, et qui, comme la samba ou le flamenco, a également été dansé, lit-on dans la note.
Comme d’habitude, le Palacete de São Bento, le bâtiment principal de la résidence officielle du Premier ministre, sera ouvert aux visites entre 14h30 et 18h30 le 25 avril, le public étant invité « à découvrir les expositions Art à São Bento et Design à São Bento ».
« Arte em São Bento présente une sélection d’œuvres d’artistes portugais contemporains appartenant à la Collection Peter Meeker. Design in São Bento est une exposition représentative du design national qui intègre des meubles et des objets décoratifs dans les espaces de la résidence officielle avec des fonctions protocolaires », explique le bureau.
Pour souligner « l’importance des métiers d’art traditionnels en tant que patrimoine culturel vivant, des ateliers de pratique artisanale seront promus, en collaboration avec le Programme national du savoir-faire ».
Menés par des artisans et ouverts à la participation du public, selon la note, « quatre ateliers dédiés à différentes techniques sont proposés : Traitement de la laine, Tissage, Palme et Tabua ».
L’entrée est gratuite et doit être faite par Rua da Imprensa à Estrela, à Lisbonne.
Fadista Mariza atua em julho no festival BBC Proms em Londres
Lisboa, 20 abr 2023 (Lusa) – A fadista Mariza vai atuar em julho, em Londres, no festival de música clássica BBC Proms, numa edição que volta a contar com a Royal Northern Sinfonia, sob a direção do maestro português Dinis Sousa.
A programação do BBC Proms, hoje anunciada, decorrerá de 14 de julho a 09 de setembro, com a maioria das atuações prevista para o Royal Albert Hall, em Londres.
Segundo a empresa pública britânica de rádio e televisão BBC, o festival vai acolher pela primeira vez uma atuação de fado, protagonizada pela cantora Mariza, a 21 de julho.
Em palco, no Royal Albert Hall, Mariza estará acompanhada por Luís Guerreiro (guitarra portuguesa), Phelipe Ferreira (guitarra), João Frade (acordeão), Dinga (baixo) e João Freitas (percussão).
Destaque ainda para a presença da orquestra inglesa Royal Northern Sinfonia, que atuará a 22 de julho naquela sala de espectáculos sob a direção de Dinis Sousa, nomeado maestro principal daquela formação em 2021.
O BBC Proms, um festival que remonta a 1895, contará este ano com 84 concertos e a participação de cerca de 3.000 músicos e instrumentistas.
Pela primeira vez na sua história, e numa decisão intencional pela igualdade de género, o BBC Proms irá abrir e encerrar com duas maestrinas a dirigirem a orquestra e coro sinfónicos da BBC.
No concerto de abertura estará a finlandesa Dalia Stasevska, atual maestrina principal convidada da Orquestra Sinfónica BBC, e no encerramento a regente norte-americana Marin Alsop.
La chanteuse de fado Mariza se produit en juillet au festival BBC Proms à Londres
Lisboa, 20 abr 2023 (Lusa) – La chanteuse de fado Mariza se produira en juillet, à Londres, au festival de musique classique BBC Proms, dans une édition qui mettra à nouveau en vedette le Royal Northern Sinfonia, sous la direction du maestro portugais Dinis Sousa.
La programmation des BBC Proms, annoncée aujourd’hui, se déroulera du 14 juillet au 09 septembre, la plupart des représentations étant prévues au Royal Albert Hall de Londres.
Selon la société de radio et de télévision publique britannique BBC, le festival accueillera pour la première fois un spectacle de fado, mettant en vedette la chanteuse Mariza, le 21 juillet.
Sur scène, au Royal Albert Hall, Mariza sera accompagnée de Luís Guerreiro (guitare portugaise), Phelipe Ferreira (guitare), João Frade (accordéon), Dinga (basse) et João Freitas (percussions).
A noter également la présence de l’orchestre anglais Royal Northern Sinfonia, qui se produira le 22 juillet dans cette salle de concert sous la direction de Dinis Sousa, nommé chef principal de cette formation en 2021.
Les BBC Proms, un festival datant de 1895, proposeront cette année 84 concerts et la participation de quelque 3 000 musiciens et instrumentistes.
Pour la première fois de son histoire, et dans une décision intentionnelle pour l’égalité des sexes, les BBC Proms s’ouvriront et se termineront avec deux chefs d’orchestre dirigeant l’orchestre symphonique et le chœur de la BBC.
Dans le concert d’ouverture seront la Finlandaise Dalia Stasevska, actuelle chef invitée principale de l’Orchestre symphonique de la BBC, et dans la clôture le chef d’orchestre américain Marin Alsop.
Festival Os Dias do Jazz regressa a Faro e promete experiência "inesquecível"
Faro, 20 abr 2023 (Lusa) – A 7.ª edição do festival Os Dias do Jazz realiza-se em várias salas de Faro, no Algarve, a partir de domingo e até 14 de maio, anunciou o Teatro das Figuras, que promete uma experiência musical "inesquecível".
Em comunicado, o teatro municipal da capital algarvia sublinha que, "com um alinhamento composto por artistas nacionais e internacionais, esta festa promete ser uma experiência musical inesquecível, com a cidade a ver os seus espaços mais emblemáticos serem pintados de Jazz".
O início do festival está marcado para o Dia Internacional do Jazz, no domingo, 30 de abril, no Teatro das Figuras, com a comemoração dos 20 anos da edição do álbum "A Jazzar no Cinema Português", uma encomenda feita pelo Cineclube de Faro ao contrabaixista Zé Eduardo.
Segundo a nota de imprensa, segue-se a apresentação do álbum "NIM", o novo trabalho do conjunto Leon Baldesberger's Meersalz, que convida Sara Badalo e Desidério Lázaro para este concerto, a 04 de maio na sala do Club Farense.
No dia seguinte, a 05 de maio, o Teatro Lethes abre as suas portas para Desidério Lázaro Quarteto, com a celebração de mais de uma década de edições.
O artista algarvio toca "Oblivion", o seu 9.º álbum em nome próprio, que surge como álbum conclusivo da tetralogia iniciada com "Samsara", seguida de "Moving" e "Homegrown", cuja temática dominante foi a "reflexão filosófica sobre a condição humana e respetivas emoções".
Em seguida, será a vez dos britânicos Ebi Soda, que fazem ouvir a sua "abordagem inovadora" no Teatro das Figuras, a 06 de maio. O grupo mantém, segundo a nota, "uma ética artesanal e orgânica pós-punk, com canções muitas vezes nascidas em quartos suados e enfumaçados, em vez do salão da big band".
O destaque a seguir da 7ª edição do festival "Os Dias do Jazz" vai para Miguel Martins, acompanhado por dois nomes "importantes" do Jazz português, José Salgueiro na bateria e Carlos Barreto ao contrabaixo.
O conjunto Miguel Martins Kaleidoscópio apresentará o seu novo disco "ATMAN" na Associação Recreativa e Cultural de Músicos, a 12 de maio.
De acordo com o comunicado, o momento que reunirá o maior número de músicos em palco no festival vai ter lugar no Teatro das Figuras a 13 de maio, com a "grande voz do Jazz brasileiro Alaíde Costa que se une à Orquestra de Jazz do Algarve para uma noite que promete encantar o Grande Auditório".
O festival termina no Club Farense, a 14 de maio, com o músico que iniciou o evento, Zé Eduardo, que convida todos os amantes da música para "Um Copo de Jazz", num fim de tarde de Jazz com um dos melhores saxofonistas europeus, Perico Sambeat, acompanhado pelo trio do contrabaixista português.
Le Festival Os Dias do Jazz revient à Faro et promet une expérience « inoubliable »
Faro, 20 abr 2023 (Lusa) – La 7ème édition du festival Os Dias do Jazz se tiendra dans plusieurs salles de Faro, en Algarve, de dimanche au 14 mai, a annoncé le Teatro das Figuras, qui promet une expérience musicale « inoubliable ».
Dans un communiqué, le théâtre municipal de la capitale de l’Algarve souligne que, « avec une programmation composée d’artistes nationaux et internationaux, cette fête promet d’être une expérience musicale inoubliable, la ville voyant ses espaces les plus emblématiques peints en jazz ».
Le début du festival est prévu pour la Journée Internationale du Jazz, le dimanche 30 avril, au Teatro das Figuras, avec la célébration du 20ème anniversaire de l’édition de l’album « A Jazzar no Cinema Portuguese », une commande faite par le Cineclube de Faro au contrebassiste Zé Eduardo.
Selon le communiqué de presse, il fait suite à la présentation de l’album « NIM », la nouvelle œuvre de l’ensemble Meersalz de Leon Baldesberger, qui invite Sara Badalo et Desiderio Lázaro à ce concert, le 04 mai dans la salle du Club Farense.
Le lendemain, le 05 mai, le Théâtre Lethes ouvre ses portes au Quatuor Desiderius Lazarus, avec la célébration de plus d’une décennie d’éditions.
L’artiste de l’Algarve joue « Oblivion », son 9ème album sous son propre nom, qui apparaît comme l’album final de la tétralogie commencée avec « Samsara », suivi de « Moving » et « Homegrown », dont le thème dominant était la « réflexion philosophique sur la condition humaine et ses émotions ».
Puis ce sera au tour des britanniques Ebi Soda, qui feront entendre leur « approche innovante » au Théâtre des Figures le 06 mai. Le groupe maintient, selon la note, « une éthique artisanale et organique post-punk, avec des chansons souvent nées dans des salles en sueur et enfumées plutôt que dans le salon du big band ».
Le point culminant de la 7ème édition du festival « The Days of Jazz » revient à Miguel Martins, accompagné de deux noms « importants » du jazz portugais, José Salgueiro à la batterie et Carlos Barreto à la contrebasse.
L’ensemble Miguel Martins Kaleidoscópio présentera son nouvel album « ATMAN » à l’Associação Recreativa e Cultural de Músicos, le 12 mai.
Selon le communiqué, le moment qui réunira le plus grand nombre de musiciens sur scène du festival aura lieu au Teatro das Figuras le 13 mai, avec la « grande voix du jazz brésilien Alaíde Costa rejoignant l’Orchestre de jazz de l’Algarve pour une soirée qui promet de ravir le Grand Auditorium ».
Le festival se termine au Club Farense, le 14 mai, avec le musicien qui a lancé l’événement, Zé Eduardo, qui invite tous les mélomanes à « Um Copo de Jazz », dans une fin d’après-midi de jazz avec l’un des meilleurs saxophonistes européens, Perico Sambeat, accompagné du trio de contrebassiste portugais.
Mostra de filmes em Faro para sensibilizar e educar sobre preservação do oceano
Faro, 20 abr 2023 (Lusa) – Uma mostra de filmes focados no oceano, na sua preservação e na sensibilização e educação do público é apresentada na próxima semana em Faro, no Algarve, anunciou hoje a organização de defesa do ambiente Sciaena.
O Teatro Lethes, em Faro, volta a acolher, de 27 a 29 de abril, a 6ª edição do Scianema - Festival de Cinema, Sensibilização, Oceanos e Conservação, "uma mostra de filmes dedicada ao mar e aos desafios que este enfrenta", refere a organização em comunicado.
A organização não-governamental Sciaena, com sede em Faro, que se dedica à conservação e recuperação do meio marinho e é promotora do festival, selecionou cinco filmes que serão exibidos em três noites, com temas "transversais e urgentes, como os impactos do transporte marítimo e a importância das florestas marinhas".
De acordo com o comunicado, o evento enquadra-se nos "esforços mais amplos" da Sciaena para "ativar os cidadãos na luta contra a crise climática e no reconhecimento do oceano como elemento essencial para a nossa sobrevivência e bem-estar".
"O Scianema é uma das nossas principais apostas no que diz respeito a alertar e sensibilizar o público para os impactos que a humanidade causa debaixo da superfície do oceano e gerar uma conversa aberta sobre o papel que a nossa sociedade deve ter na sua proteção", afirma Nicolas Blanc, da Sciaena, citado na nota.
A abertura do festival, agendada para quinta-feira, 27 de abril, será feita com "Black Trail", um documentário transfronteiriço realizado por Micael Pereira que "levanta o véu à tentativa de escape à crise climática por parte da indústria de transporte marítimo".
Na segunda noite, a película escolhida, em parceria com o Cineclube de Faro, é o "Entre-Ilhas", de Amaya Sumpsi, um filme viagem "sensorial pelo arquipélago dos Açores e pelas memórias dos seus habitantes".
O festival termina no sábado, 29 de abril, com três curtas-metragens: "The Blue Forest", de Philip Hamilton, "Voice of the Fish", de Dona Edite, e "The Trash Cycle", do ativista Andreas Noe.
A organização promete "um serão onde alguns dos mais importantes assuntos de conservação marinha serão observados e discutidos", como "a importância de preservar e recuperar as florestas marinhas, os efeitos destrutivos da sobrepesca e pesca ilegal, assim como o problema omnipresente do lixo marinho".
Cada uma das sessões, que são gratuitas e começam às 21:30, termina com uma "breve conversa" entre o público e um painel composto por realizadores, ambientalistas, pescadores e investigadores.
"É importante que as pessoas possam discutir e saber mais sobre os temas apresentados nos filmes e esforçamo-nos por ter pessoas no painel que possam trazer diversos pontos de vista e responder às dúvidas do público", afirma Nicolas Blanc.
Segundo informação apresentada na sua página na Internet, a Sciaena é uma organização não-governamental que visa "promover um ambiente marinho saudável através do fomento de formas de exploração sustentáveis, do envolvimento da população e da intervenção política".
Projection de film à Faro pour sensibiliser et éduquer sur la préservation des océans
Faro, 20 abr 2023 (Lusa) – Une vitrine de films axés sur l’océan, sa préservation, la sensibilisation et l’éducation du public sera présentée la semaine prochaine à Faro, en Algarve, a annoncé aujourd’hui l’organisation de protection de l’environnement Sciaena.
Le théâtre Lethes, à Faro, accueillera à nouveau, du 27 au 29 avril, la 6e édition de Scianema - Festival du cinéma, de la sensibilisation, des océans et de la conservation, « une exposition de films consacrée à la mer et aux défis auxquels elle est confrontée », a déclaré l’organisation dans un communiqué.
L’organisation non gouvernementale Sciaena, basée à Faro, qui se consacre à la conservation et à la récupération de l’environnement marin et est le promoteur du festival, a sélectionné cinq films qui seront projetés sur trois nuits, avec des thèmes « transversaux et urgents, tels que les impacts du transport maritime et l’importance des forêts marines ».
Selon le communiqué, l’événement s’inscrit dans le cadre des « efforts plus larges » de Sciaena pour « activer les citoyens dans la lutte contre la crise climatique et dans la reconnaissance de l’océan comme un élément essentiel de notre survie et de notre bien-être ».
« Scianema est l’un de nos principaux paris en termes d’alerte et de sensibilisation du public aux impacts que l’humanité provoque sous la surface de l’océan et de génération d’une conversation ouverte sur le rôle que notre société devrait avoir dans sa protection », a déclaré Nicolas Blanc de Sciaena, cité dans la note.
L’ouverture du festival, prévue le jeudi 27 avril, se fera avec « Black Trail », un documentaire transfrontalier réalisé par Micael Pereira qui « lève le voile sur la tentative d’échapper à la crise climatique de l’industrie du transport maritime ».
Le deuxième soir, le film choisi, en partenariat avec le Cineclube de Faro, est « Entre-Ilhas », d’Amaya Sumpsi, un film « voyage sensoriel à travers l’archipel des Açores et les souvenirs de ses habitants ».
Le festival se termine le samedi 29 avril avec trois courts métrages : « The Blue Forest » de Philip Hamilton, « Voice of the Fish » de Dona Edite, et « The Trash Cycle » de l’activiste Andreas Noe.
L’organisation promet « une soirée où certaines des questions de conservation marine les plus importantes seront observées et discutées », telles que « l’importance de préserver et de restaurer les forêts marines, les effets destructeurs de la surpêche et de la pêche illégale, ainsi que le problème omniprésent des déchets marins ».
Chacune des séances, gratuites et débutant à 21 h 30, se termine par une « brève conversation » entre le public et un panel composé de réalisateurs, d’environnementalistes, de pêcheurs et de chercheurs.
« Il est important que les gens puissent discuter et en apprendre davantage sur les thèmes présentés dans les films et nous nous efforçons d’avoir dans le panel des personnes qui peuvent apporter des points de vue variés et répondre aux questions du public », explique Nicolas Blanc.
Selon les informations présentées sur son site Web, Sciaena est une organisation non gouvernementale qui vise à « promouvoir un environnement marin sain à travers la promotion de formes durables d’exploitation, l’implication de la population et l’intervention politique ».
Alia Trabucco Zerán chega a Portugal com romance que abre ferida do fosso entre classes
Lisboa, 20 abr 2023 (Lusa) – "Limpa" é o primeiro livro da autora chilena Alia Trabucco Zerán publicado em Portugal e apresenta uma tragédia contada em registo confessional por uma empregada doméstica, que escancara o fosso entre classes, a falsa intimidade e a podridão familiar.
O jornal El País escreveu que este romance é "a metáfora justa para a nossa maior ferida: a que divide o mundo entre aqueles que vivem para si mesmos e os que vivem para os outros".
Esta frase resume a essência de "Limpa", a mais recente obra de Alia Trabucco Zerán, considerada uma das vozes mais promissoras da literatura sul-americana e da literatura contemporânea em língua espanhola, publicada agora em Portugal pela Elsinore.
Neste romance, a autora explora os sentimentos contraditórios e as complexas relações de poder que se estabelecem entre dois mundos diferentes unidos debaixo do mesmo teto, através da história de uma mulher que vai trabalhar como empregada interna para um casal abastado na capital chilena.
"Tudo se resume a saber quem limpará quem", escreveu Albert Camus em "A queda", uma frase que Alia Trabucco Zerán usa no início do livro, para confrontar o leitor com a distinção de classes e diferenças de tratamento, direitos, liberdades e privilégios vividos dentro de uma mesma casa, que testemunhará ao longo de todo o romance.
A voz do livro é só uma, a da empregada. É ela quem conta a história, numa situação que se presume desde início ser a de um depoimento prestado numa prisão, onde está fechada sem ver ninguém, apenas a ser ouvida.
"Chamo-me Estela, estão a ouvir? Eu disse: Es-te-la-Gar-cí-a". Esta é a primeira frase do livro e a primeira informação dada. A segunda informação, que é também o desfecho da história, é que "a menina morre", sendo esta menina a filha do casal para quem trabalhava.
O romance apresenta-se, pois, como uma tragédia, porque, como diz a certa altura um dos intervenientes na história, "o que define uma tragédia é que sabemos sempre como acaba".
"É curioso o facto de que todos iremos morrer, não acham?", pergunta Estela, acrescentando depois que "só duas perguntas ficam por responder: como e quando".
São essas respostas que o leitor persegue enquanto acompanha a descrição do rol de acontecimentos que se sucedem na casa, ao longo de sete anos.
Esse é o período de tempo que passa entre a contratação de Estela, quando a patroa, Mara Lopez, ainda estava grávida, até à morte de Júlia, a criança de quem Estela se tornou ama.
Enredada num dia-a-dia de tarefas domésticas, Estela sente-se confundida com a sua profissão e ultrapassada pelas suas funções, o único motivo por que os patrões se dirigem a ela, vestida invariavelmente com as mesmas batas todos os dias e sendo tratada pela criança de quem cuida como "babá".
Os nomes são, por isso, muito importantes para esta mulher, que chega a questionar-se sobre se "as coisas se transformariam ao perderem os seus nomes, tal como se transformam quando os ganham. Dizer patroa, dona, dizer chefe, proprietária. Dizer empregada, babá, serviçal, criada".
"Os nomes são importantes. Os teus amigos não têm nome, Lita? Chamas-lhes rapariga, rapaz? Chamas animal à vaca?", questiona a certa altura a mãe de Estela.
São estas pequenas feridas emocionais, estas subtis agressões psicológicas, que se vão abrindo em Estela, que chega a afirmar: "Se calhar somos isso quando nascemos, nunca me tinha ocorrido, somos uma enorme cicatriz que antecede as que virão depois".
Gradualmente, Estela vai mergulhando numa solidão e num silêncio profundos, à medida que se vai afastando da sua família para viver dedicada a outra família, que, apesar de nunca a tratar mal, não lhe dedica a importância que se dá a uma pessoa. É alguém que cumpre tarefas.
A família para quem trabalha esconde, por detrás de uma aparência de sucesso, profissional e social, de escolhas de bons colégios e muitas atividades extra escolares para a filha, uma realidade bem diferente: "uma menina infeliz, uma mulher que vive das aparências e um homem calculista".
"Imagino que estejam a interrogar-se por que razão ali fiquei.(…) A minha resposta é a seguinte: porque é que os senhores ficam nos vossos trabalhos, nos vossos escritórios minúsculos, nas fábricas, nas lojas, do outro lado desta parede?", pergunta Estela a quem a ouve.
Esta rotina de que fala, que se estende por "todo o comprimento e largura de uma vida" vai acabar por conduzir a um mal-estar crescente e à tragédia da morte de Júlia, expondo os ódios de classe sob a forma de preconceitos sociais enraizados.
"A vida tem tendência a ser assim: uma gota, uma gota, uma gota, uma gota, e depois perguntamos, perplexos, porque é que estamos encharcados", diz a protagonista.
Como pano de fundo destes dias finais, e como cenário em que a própria protagonista se verá envolvida, após a morte da criança, estão os protestos contra a desigualdade social que ocorreram no Chile, em 2019, que levaram milhares de pessoas à rua, naquela que foi a maior manifestação desde a queda do ditador Augusto Pinochet, em 1990.
Alia Trabucco Zerán, que a revista Babelia considera "uma nova referência da literatura chilena", nasceu em Santiago do Chile, em 1983, estudou Direito na Universidade do Chile e Literatura Hispano-americana no University College de Londres.
O seu romance "La Resta", de 2015, considerado pelo jornal El País uma das estreias literárias mais importantes desse ano, foi finalista do prémio Man Booker International e recebeu o Premio Mejor Novela Inédita del Ministerio de las Culturas de Chile.
O seu livro seguinte, "Las Homicidas", foi vencedor do prémio da British Academy, em 2022, ano em que a autora foi também galardoada com o prémio Anna Seghers.
"Limpa", a sua mais recente obra, é a primeira publicada em Portugal e está em tradução em mais de 13 idiomas.
Alia Trabucco Zerán arrive au Portugal avec un roman qui ouvre la plaie du fossé entre les classes
Lisboa, 20 abr 2023 (Lusa) – « Limpa » est le premier livre de l’auteure chilienne Alia Trabucco Zerán publié au Portugal et présente une tragédie racontée dans un récit confessionnel par une femme de chambre, qui ouvre le fossé entre les classes, la fausse intimité et la pourriture familiale.
El País a écrit que ce roman est « la métaphore juste de notre plus grande blessure : celle qui divise le monde entre ceux qui vivent pour eux-mêmes et ceux qui vivent pour les autres ».
Cette phrase résume l’essence de « Limpa », la dernière œuvre d’Alia Trabucco Zerán, considérée comme l’une des voix les plus prometteuses de la littérature sud-américaine et de la littérature contemporaine en langue espagnole, maintenant publiée au Portugal par Elseneur.
Dans ce roman, l’auteur explore les sentiments contradictoires et les relations de pouvoir complexes qui s’établissent entre deux mondes différents réunis sous un même toit, à travers l’histoire d’une femme qui va travailler comme domestique pour un couple fortuné de la capitale chilienne.
« Tout se résume à savoir qui va nettoyer qui », écrit Albert Camus dans « La Chute », une phrase qu’Alia Trabucco Zerán utilise au début du livre, pour confronter le lecteur à la distinction des classes et des différences de traitement, des droits, des libertés et des privilèges vécus dans la même maison, dont il sera témoin tout au long du roman.
La voix du livre n’en est qu’une, celle de la servante. C’est elle qui raconte l’histoire, dans une situation qui est présumée dès le départ être celle d’un témoignage donné dans une prison, où elle est enfermée sans voir personne, seulement pour être entendue.
« Je m’appelle Estela, écoutez-vous? J’ai dit : 'Es-te-la-Gar-cí-a'. » C’est la première phrase du livre et la première information donnée. La deuxième information, qui est aussi le résultat de l’histoire, est que « la fille meurt », cette fille étant la fille du couple pour lequel elle a travaillé.
Le roman se présente donc comme une tragédie, car, comme le dit à un moment donné l’un des acteurs de l’histoire, « ce qui définit une tragédie, c’est que nous savons toujours comment elle se termine ».
« C’est curieux que nous allions tous mourir, vous ne pensez pas ? » demande Estela, ajoutant plus tard que « seules deux questions restent sans réponse : comment et quand ».
Ce sont ces réponses que le lecteur poursuit en suivant la description de la liste des événements qui se déroulent dans la maison sur sept ans.
C’est la période qui s’écoule entre l’embauche d’Estela, lorsque la maîtresse, Mara Lopez, était encore enceinte, jusqu’à la mort de Julia, l’enfant dont Estela est devenue nounou.
Empêtrée dans les tâches ménagères quotidiennes, Estela se sent confuse par sa profession et dépassée par ses devoirs, la seule raison pour laquelle les patrons s’adressent à elle, invariablement vêtue des mêmes robes tous les jours et traitée par l’enfant dont elle s’occupe comme une « nounou ».
Les noms sont donc très importants pour cette femme, qui se demande même si « les choses changeraient quand elles perdraient leurs noms, tout comme elles changeraient quand elles les gagnent. Dites maîtresse, propriétaire, dites patron, propriétaire. Pour dire femme de chambre, nounou, servante, servante. »
« Les noms comptent. Vos amis n’ont-ils pas de nom, Lita ? Est-ce que tu les appelles une fille, mon garçon ? Est-ce que tu appelles la vache animal ? » demande la mère d’Estela à un moment donné.
Ce sont ces petites blessures émotionnelles, ces agressions psychologiques subtiles, qui s’ouvrent chez Estela, qui va jusqu’à dire : « Peut-être sommes-nous comme ça quand nous sommes nés, cela ne m’était jamais venu à l’esprit, nous sommes une énorme cicatrice qui précède celles qui viendront plus tard ».
Peu à peu, Estela plonge dans une profonde solitude et un silence, alors qu’elle s’éloigne de sa famille pour vivre dédiée à une autre famille, qui, bien qu’elle ne la traite jamais mal, ne lui consacre pas l’importance qui est donnée à une personne. C’est quelqu’un qui fait avancer les choses.
La famille pour laquelle elle travaille cache, derrière une apparence de réussite, professionnelle et sociale, des choix de bonnes écoles et de nombreuses activités parascolaires pour sa fille, une réalité bien différente : « une fille malheureuse, une femme qui vit des apparences et un homme calculateur ».
« J’imagine que vous vous demandez pourquoi je suis resté là. (...) Ma réponse est la suivante : pourquoi restez-vous dans vos emplois, dans vos minuscules bureaux, dans les usines, dans les magasins, de l’autre côté de ce mur ? » demande Estela à ceux qui l’écoutent.
Cette routine dont il parle, qui s’étend sur « toute la durée et la largeur d’une vie » conduira finalement à un malaise croissant et à la tragédie de la mort de Julia, exposant les haines de classe sous la forme de préjugés sociaux enracinés.
« La vie a tendance à être comme ça: une goutte, une goutte, une goutte, une goutte, puis nous demandons, perplexes, pourquoi nous sommes trempés », explique le protagoniste.
En toile de fond de ces derniers jours, et comme scénario dans lequel la protagoniste elle-même sera impliquée, après la mort de l’enfant, les manifestations contre les inégalités sociales qui ont eu lieu au Chili en 2019, qui ont amené des milliers de personnes dans les rues, dans ce qui a été la plus grande manifestation depuis la chute du dictateur Augusto Pinochet, en 1990.
Alia Trabucco Zerán, que le magazine Babelia considère comme « une nouvelle référence de la littérature chilienne », est née à Santiago du Chili en 1983, a étudié le droit à l’Université du Chili et la littérature hispano-américaine à l’University College de Londres.
Son roman de 2015 « La Resta », considéré par le journal El País comme l’un des débuts littéraires les plus importants de cette année, a été finaliste pour le Man Booker International Prize et a reçu le Premio Mejor Novela Inédita del Ministerio de las Culturas de Chile.
Son livre suivant, Las Homicidas, a remporté le prix de la British Academy en 2022, année où l’auteur a également reçu le prix Anna Seghers.
« Limpa », son ouvrage le plus récent, est le premier publié au Portugal et est traduit dans plus de 13 langues.
BREVES: Cultura
Redação, 20 abr 2023 (Lusa) - Notícias Breves de Cultura:
Filomena Marona Beja publica novo livro "Novelas ao Vento"
O novo livro de Filomena Marona Beja, "Novelas ao Vento", é publicado esta semana e conjuga os temas da escritora, da questão feminina a "uma inusitada epidemia", segundo a editora Parsifal.
A autora, já galardoada com o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, neste novo título aborda "os grandes temas que desde sempre constituíram preocupação central do ser humano: a esperança o amor, o desejo de desafiar os limites, ou o papel da mulher na sociedade".
Neste conjunto de novelas, a autora aborda também "a realidade nacional: a tradição ribatejana, a evocação subtil da memória da presença portuguesa no oriente ou o aparecimento de uma inusitada epidemia nos nossos dias".
Nestas novas histórias, Filomena Marona Beja homenageia músicos como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, a banda Sitiados, Elvis Presley e Bob Dylan.
Filomena Marrona Beja, 78 anos, estreou-se literariamente em 1998, com o romance "As Cidadãs". Seguiram-se os livros "Betânia" (2000), "A Sopa" (2004), com o qual ganhou o Grande Prémio de Literatura DST, em 2006. No ano seguinte publicou "A Cova do Lagarto", distinguido com Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores.
Quarto volume do Diário de Mário Dionísio testemunha pós-25 de Abril
O quarto volume de "Passageiro Clandestino", diário inédito de Mário Dionísio, balizado entre 1974 e 1980, começando logo depois do 25 de Abril de 1974, é apresentado no próximo sábado, na Casa da Achada, em Lisboa.
O texto de Mário Dionísio (1916-1993) é acompanhado por dois volumes de notas de Eduarda Dionísio, sua filha, organizadora desta edição.
"Este volume percorre um período intenso da vida de Mário Dionísio, em que se dedicou a múltiplas 'tarefas' e intervenções públicas e em que ocupou diversos cargos", como "a presidência da Comissão de Estudo da Reforma Educativa e da Comissão Coordenadora dos Textos de Apoio, a participação na Comissão de Reclassificação e Saneamento do Ministério da Educação, o cargo de Diretor de Programas da RTP, 'tarefas' absorventes, trabalhosas, difíceis, em que a luta permanente de Mário Dionísio contra isto e aquilo, o passado, o estabelecido ou o reestabelecido em novos moldes, aparece como dominante", escreve Eduarda Dionísio na introdução às notas.
"Este quarto volume acaba em 1980, quando a Direita chega ao poder, [com a] vitória da Aliança Democrática, abrangendo uma época, primeiro 'revolucionária' que acabaria depressa ('A Revolução já lá vai.' - escreve Mário Dionísio em abril de 1976), e depois faz de conta que 'democrática' ('Comecei a evitar as palavras 'democracia' e 'democraticamente'. Acabarei talvez por riscá-las do meu vocabulário')", escreveu o pintor e escritor em dezembro de 1976.
Fotógrafos Francisco Proner e Tiago Miranda falam sobre "capturar o instante" na Fundação Saramago
Os fotógrafos Francisco Proner e Tiago Miranda vão estar à conversa, no próximo domingo, no auditório da Fundação José Saramago, na casa dos Bicos, em Lisboa, divulgou a instituição.
O mote para o encontro, às 17:00, é a exposição "Chegou a primavera. O Brasil depois das sombras", de Francisco Proner, que vai estar patente na Fundação até 30 de maio.
"Proner é autor de uma imagem que de abril de 2018 que rodou o mundo. O fotógrafo brasileiro captou o momento em que o atual Presidente do Brasil, Lula da Silva, deixava a sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo, para se entregar à Polícia Federal, e foi cercado por uma multidão" numa demonstração de apoio. Esta é uma das imagens que faz parte da exposição.
Tiago Miranda é fotojornalista, autor de livros como "O dia em que a terra se fez mar", com textos de Raquel Moleiro, que retrata a passagem do ciclone Idai pela cidade da Beira, em Moçambique, em 2019.
"Uma Pátria à Procura de Portugal" no Teatro Ibérico
O Teatro Ibérico, em Lisboa, acolhe "Uma Pátria à Procura de Portugal", no próximo sábado, às 21:00, etapa de um projeto de quatro concertos encenados, que teve início em Setúbal, no passado dia 01.
O concerto no Teatro Ibérico conta com sete cantores líricos - Ana Filipa Leitão, Diogo Oliveira, Luís Carlos Figueiras, Mariana Chaves, Maria Inês Beira e Sara Brites da Companhia de Ópera de Setúbal -, com o Coro Setúbal Voz, sendo solista Juliana Telmo, e ainda Patrícia Ferreira, solista do Ateliê de Ópera de Setúbal, o pianista Eduardo Jordão, o percussionista Marco Fernandes e o ator Nuno Zúniga.
O ator representa um teimoso ditador, de seu nome Daninho. "Como erva daninha, é dizimado e ressurge ciclicamente com nomes diferentes, Pina Manique, William Beresford, D. Miguel, João Franco, Pimenta de Castro, Sidónio Pais, Salazar e Marcelo Caetano", lê-se na sinopse do espetáculo.
Este ator, "ora meloso ora violento, tenta convencer o coro proferindo discursos concebidos a partir de leis e discursos históricos". A ação coloca-o em confronto com o coro, onde encontra apoiantes e opositores, até acabar vencido por Abril. Mas "Daninho não morre e sabemos que está sempre a tentar romper entre nós".
No âmbito deste projeto, um outro concerto comentado vai decorrer no Bairro da Bela Vista, em Setúbal, a 25 de Abril, "que fará a ligação às Comissões de Moradores no seguimento do projeto da Associação Setúbal Voz, 'Ópera no Meu Bairro'".
BREVES: Cultura
Redação, 20 abr 2023 (Lusa) - Notícias Breves de Cultura:
Filomena Marona Beja publie un nouveau livre « Romans dans le vent »
Le nouveau livre de Filomena Marona Beja, « Novelas ao Vento », est publié cette semaine et combine les thèmes de l’écrivain, de la question féminine à « une épidémie inhabituelle », selon l’éditeur Parsifal.
L’auteur, déjà récompensé par le Grand Prix de romance et de roman de l’Association portugaise des écrivains, aborde dans ce nouveau titre « les grands thèmes qui ont toujours été la préoccupation centrale de l’être humain : l’espoir, l’amour, le désir de défier les limites ou le rôle des femmes dans la société ».
Dans cet ensemble de romans, l’auteur aborde également « la réalité nationale : la tradition du Ribatejo, l’évocation subtile de la mémoire de la présence portugaise en Orient ou l’apparition d’une épidémie inhabituelle de nos jours ».
Dans ces nouvelles histoires, Filomena Marona Beja rend hommage à des musiciens tels que José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, le groupe Sitiados, Elvis Presley et Bob Dylan.
Filomena Marrona Beja, 78 ans, a fait ses débuts littéraires en 1998, avec le roman « As Cidadãs ». Suivent les livres « Bethany » (2000), « The Soup » (2004), avec lesquels il remporte le Grand Prix de Littérature DST en 2006. L’année suivante, il publie « A Cova do Lagarto », distingué par le Grand Prix de romance et de roman de l’Association portugaise des écrivains.
Le quatrième volume du Journal de Mario Dionysius témoigne après le 25 avril
Le quatrième volume de « Passageiro Clandestino », journal intime inédit de Mário Dionísio, publié entre 1974 et 1980, à partir du 25 avril 1974, sera présenté samedi prochain à la Casa da Achada, à Lisbonne.
Le texte de Mário Dionísio (1916-1993) est accompagné de deux volumes de notes d’Eduarda Dionísio, sa fille, organisatrice de cette édition.
« Ce volume couvre une période intense de la vie de Mário Dionísio, au cours de laquelle il s’est consacré à de multiples « tâches » et interventions publiques et dans laquelle il a occupé divers postes », tels que « la présidence de la Commission pour l’étude de la réforme de l’éducation et le Comité de coordination des textes d’appui, la participation à la Commission pour la reclassification et l’assainissement du Ministère de l’éducation, le poste de directeur de programme de RTP, des 'tâches' absorbantes, laborieuses, difficiles, dans lesquelles la lutte permanente de Mário Dionísio contre ceci et cela, le passé, l’établi ou le rétabli sous de nouvelles formes, apparaît comme dominant », écrit Eduarda Dionísio dans l’introduction des notes.
« Ce quatrième volume se termine en 1980, lorsque la droite arrive au pouvoir, [avec] la victoire de l’Alliance démocratique, couvrant une époque, d’abord « révolutionnaire » qui se terminera rapidement (« La révolution est déjà là. » – écrit Mário Dionísio en avril 1976), puis prétend que « démocratique » (« J’ai commencé à éviter les mots « démocratie » et « démocratiquement ». Je finirai peut-être par les rayer de mon vocabulaire », écrivait le peintre et écrivain en décembre 1976.
Les photographes Francisco Proner et Tiago Miranda parlent de « capturer l’instant » à la Fondation Saramago
Les photographes Francisco Proner et Tiago Miranda seront en conversation dimanche prochain dans l’auditorium de la Fondation José Saramago, à la Casa dos Bicos, à Lisbonne, a annoncé l’institution.
La devise de la réunion, à 17h00, est l’exposition « Le printemps est arrivé. Le Brésil après l’ombre », de Francisco Proner, qui sera exposé à la Fondation jusqu’au 30 mai.
« Proner est l’auteur d’une image qui a fait le tour du monde à partir d’avril 2018. Le photographe brésilien a capturé le moment où l’actuel président du Brésil, Lula da Silva, a quitté le siège du syndicat des métallurgistes ABC à São Bernardo pour se rendre à la police fédérale, et a été entouré d’une foule « en signe de soutien. C’est l’une des images qui fait partie de l’exposition.
Tiago Miranda est photojournaliste, auteur de livres tels que « Le jour où la terre est devenue mer », avec des textes de Raquel Moleiro, qui dépeint le passage du cyclone Idai à travers la ville de Beira, au Mozambique, en 2019.
« Une patrie à la recherche du Portugal » au Théâtre ibérique
Le Théâtre Ibérique, à Lisbonne, accueille « Une patrie à la recherche du Portugal », samedi prochain, à 21h00, étape d’un projet de quatre concerts mis en scène, qui a commencé à Setúbal, le dernier jour 01.
Le concert au Théâtre Ibérique compte sept chanteurs lyriques - Ana Filipa Leitão, Diogo Oliveira, Luís Carlos Figueiras, Mariana Chaves, Maria Inês Beira et Sara Brites de la Compagnie d’Opéra Setúbal -, avec le Chœur Setúbal Voz, soliste Juliana Telmo, et aussi Patrícia Ferreira, soliste du Studio d’Opéra de Setúbal, le pianiste Eduardo Jordão, le percussionniste Marco Fernandes et l’acteur Nuno Zúniga.
L’acteur joue un dictateur têtu, du nom de Daninho. « Comme une mauvaise herbe, elle est décimée et refait surface cycliquement avec des noms différents, Pina Manique, William Beresford, D. Miguel, João Franco, Pimenta de Castro, Sidónio Pais, Salazar et Marcelo Caetano », lit-on dans le synopsis du spectacle.
Cet acteur, « parfois mélodieux ou violent, tente de convaincre le chœur en prononçant des discours conçus à partir de lois et de discours historiques ». L’action le met en confrontation avec la chorale, où il rencontre partisans et adversaires, jusqu’à ce qu’il finisse vaincu par April. Mais « Daninho ne meurt pas et nous savons qu’il essaie toujours de se séparer de nous. »
Dans le cadre de ce projet, un autre concert commenté aura lieu dans le quartier de Bela Vista, à Setúbal, le 25 avril, « qui sera lié aux commissions des résidents suivant le projet de l’association Setúbal Voz, 'Opéra dans mon quartier' ».
Filme "Alma Viva" de Cristèle Alves Meira lidera nomeados dos prémios Sophia
Lisboa, 19 abr 2023 (Lusa) – O filme "Alma Viva", da realizadora luso-francesa Cristèle Alves Meira, é o mais nomeado aos prémios de cinema português Sophia 2023, enquanto o prémio de carreira será atribuído ao argumentista Carlos Saboga, anunciou hoje a Academia Portuguesa de Cinema.
De acordo com a lista de nomeados para a 21.ª edição dos Sophia, hoje divulgada em Lisboa, "Alma Viva" soma 13 nomeações.
Com onze nomeações cada para os Sophia surgem "Nunca Nada Aconteceu", de Gonçalo Galvão Teles, e "Restos do Vento", de Tiago Guedes.
"Alma Viva", a primeira longa-metragem de Cristèle Alves Meira, estreou-se nos cinemas em outubro passado e foi o candidato de Portugal a uma nomeação para os Óscares.
O filme, que conta com as interpretações de Lua Michel, Ana Padrão, Ester Catalão, entre outros, é um microcosmo sobre laços familiares, emigração, misticismo e a cultura transmontana, e foi integralmente rodado em Junqueira, concelho de Vimioso, onde a realizadora tem raízes maternas. As filmagens também contaram com atores não profissionais da localidade.
Nos Sophia, o "Alma Viva" está nomeado, por exemplo, para Melhor Filme, produzido pela Midas Filmes, Realização, Argumento Original, Atriz Principal, para Lua Michel, e Direção de Fotografia, para Rui Poças.
Para o Sophia de Melhor Filme estão ainda indicados "Lobo e Cão", de Cláudia Varejão, "Restos do Vento" e "Nunca Nada Aconteceu".
Cláudia Varejão, Tiago Guedes, Gonçalo Galvão Teles disputam com Cristèle Alves Meira o Sophia de Melhor Realização.
Na categoria de Melhor Longa-Metragem Documental surgem "Cesária Évora", de Ana Sofia Fonseca, "Entre Ilhas", de Amaya Sumpsi, "Objetos de Luz", de Acácio de Almeida e Marie Carré, e "Um Corpo que Dança – Ballet Gulbenkian 1965-2005", de Marco Martins.
Para o prémio de Melhor Série/Telefilme foram selecionados "3 Mulheres - Pós-Revolução", de Fernando Vendrell e Elsa Garcia, "Causa Própria", de Edgar Medina e Rui Cardoso Martins, "Cuba Libre", de Henrique Oliveira, e "Vanda", de Patrícia Muller.
Entre as curtas-metragens nomeadas, destaque para as da área da animação, no ano do centenário do cinema de animação e de várias distinções para o cinema português.
Para o Sophia de Melhor Curta-Metragem de Animação estão indicados "Garrano", de Vasco Sá e David Doutel, "Ice Merchants", de João Gonzalez, "O Casaco Rosa", de Mónica Santos, e "O Homem do Lixo", de Laura Gonçalves.
Este ano, o prémio de carreira dos Sophia será atribuído a Carlos Saboga.
"Argumentista de referência do cinema português desde os anos 1980, escreveu filmes de António-Pedro Vasconcelos, Luís Galvão Telles, Fernando Lopes, Raul Ruiz, Valéria Sarmento e Mário Barroso, tendo também escrito e realizado os seus próprios filmes ('Photo', 'A Uma Hora Incerta')", refere a academia.
Carlos Saboga já tinha sido distinguido anteriormente nos prémios Sophia, em 2013, com o prémio de melhor argumento original para o filme "As linhas de Wellington".
A lista de nomeados pode ser consultada em www.academiadecinema.pt.
A cerimónia dos prémios Sophia está marcada para 21 de maio no Casino Estoril, Cascais, com transmissão na RTP2.
Filme "Alma Viva" de Cristèle Alves Meira lidera nomeados dos prémios Sophia
Lisboa, 19 abr 2023 (Lusa) – Le film « Alma Viva », de la réalisatrice franco-portugaise Cristèle Alves Meira, est le plus nominé pour les prix portugais Sophia 2023, tandis que le prix de la carrière sera décerné au scénariste Carlos Saboga, a annoncé aujourd’hui l’Académie portugaise du cinéma.
Selon la liste des nominés pour la 21e édition de Sophia, publiée aujourd’hui à Lisbonne, « Alma Viva » ajoute 13 nominations.
Avec onze nominations chacune pour la Sophia viennent « Nunca Nada Acontece », de Gonçalo Galvão Teles, et « Restos do Vento », de Tiago Guedes.
« Alma Viva », le premier long métrage de Cristèle Alves Meira, est sorti en salles en octobre dernier et a été nominé par le Portugal pour une nomination aux Oscars.
Le film, qui présente les interprétations de Lua Michel, Ana Padrão, Ester Catalão, entre autres, est un microcosme sur les liens familiaux, l’émigration, le mysticisme et la culture transmontana, et a été entièrement tourné à Junqueira, municipalité de Vimioso, où le réalisateur a des racines maternelles. Le tournage a également mis en vedette des acteurs non professionnels de la localité.
Dans Sophia, « Alma Viva » est nominé, par exemple, pour le meilleur film, produit par Midas Filmes, réalisateur, scénario original, actrice principale, pour Lua Michel, et photographie, pour Rui Poças.
Pour la Sophia du meilleur film sont également nominés « Wolf and Dog », de Claudia Varejão, « Remnants of the Wind » et « Never Anything Happened ».
Cláudia Varejão, Tiago Guedes, Gonçalo Galvão Teles sont en compétition avec Cristèle Alves Meira pour la Sophia du meilleur réalisateur.
Dans la catégorie du meilleur long métrage documentaire, il y a « Cesária Évora », d’Ana Sofia Fonseca, « Entre Ilhas », d’Amaya Sumpsi, « Objetos de Luz », d’Acácio de Almeida et Marie Carré, et « Um Corpo que Dança – Ballet Gulbenkian 1965-2005 », de Marco Martins.
Pour le prix de la meilleure série/téléfilm ont été sélectionnés « 3 Femmes - Post-Révolution », de Fernando Vendrell et Elsa Garcia, « Causa Própria », d’Edgar Medina et Rui Cardoso Martins, « Cuba Libre », de Henrique Oliveira, et « Vanda », de Patrícia Muller.
Parmi les courts métrages nominés, soulignons ceux dans le domaine de l’animation, dans l’année du centenaire du cinéma d’animation et plusieurs distinctions pour le cinéma portugais.
Pour la Sophia du meilleur court métrage d’animation sont nominés « Garrano », de Vasco Sá et David Doutel, « Ice Merchants », de João Gonzalez, « O Casaco Rosa », de Mónica Santos, et « O Homem do Lixo », de Laura Gonçalves.
Cette année, le Sophia Lifetime Achievement Award sera décerné à Carlos Saboga.
« Scénariste de référence du cinéma portugais depuis les années 1980, il a écrit des films d’António-Pedro Vasconcelos, Luís Galvão Telles, Fernando Lopes, Raul Ruiz, Valéria Sarmento et Mário Barroso, et a également écrit et réalisé ses propres films (« Photo », « A Uma Hora Incerta ») », précise l’académie.
Carlos Saboga avait déjà été distingué aux Sophia Awards, en 2013, avec le prix du meilleur scénario original pour le film « The Lines of Wellington ».
La liste des nominés se trouve dans www.academiadecinema.pt.
La cérémonie des Sophia Awards est prévue pour le 21 mai au Casino Estoril, Cascais, avec une retransmission sur RTP2.
The National acrescentam mais uma data em Portugal
Os norte-americanos The National adicionaram mais um concerto à passagem por Portugal em outubro, revelou hoje a promotora.
Segundo a Everything is New, a banda de Matt Berninger marcou uma data extra, a 07 de outubro, no Campo Pequeno, em Lisboa, devido à elevada procura de bilhetes.
Os The National tinham anteriormente marcado concertos a 05 de outubro na Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, no Porto, e a 06 de outubro, no Campo Pequeno, em Lisboa.
A nova data é marcada dias antes de o grupo lançar um novo álbum, "First Two Pages of Frankenstein", aprazado para o dia 28 de abril.
"Ancorado por melodias evocativas e uma narrativa lírica cativante, 'First Two Pages of Frankenstein' marca um novo capítulo na adorada discografia da banda. Produzido pelos próprios, o álbum com 11 canções conta com participações especiais de Taylor Swift, Phoebe Bridgers e Sufjan Stevens", refere a promotora.
Formados em Nova Iorque em 1999, os The National já atuaram várias vezes em Portugal, a última das quais no ano passado, no festival Rock in Rio Lisboa.
Camané, Ricardo Ribeiro, Mário Laginha e João Paulo Esteves da Silva juntos em concerto em dezembro em Lisboa
Os fadistas Camané e Ricardo Ribeiro e os pianistas Mário Laginha e João Paulo Esteves da Silva vão juntar-se em palco, em dezembro, em Lisboa, para um concerto "memorável", anunciou hoje a editora Warner Music Portugal.
O espetáculo "Duas Vozes, Quatro Mãos" está marcado para 22 de dezembro, no Coliseu dos Recreios e junta em palco "quatro grandes artistas" para "um concerto que promete memorável", lê-se no comunicado hoje divulgado.
As vozes "maiores" de Camané e Ricardo Ribeiro e as "mãos mágicas" de Mário Laginha e João Paulo Esteves da Silva, como a editora descreve, juntam-se num espetáculo "original e um entrosamento musical incrível, nos vários estilos que os caracteriza".
Os bilhetes para o espetáculo, cujo preço varia entre os 20 e os 45 euros, já estão à venda.
Trio do saxofonista Ricardo Toscano abre Brown's Jazz Sessions em Lisboa
O trio do saxofonista Ricardo Toscano abre as "Brown's Jazz Sessions", em Lisboa, no próximo dia 04 de maio, com um programa dedicado ao mais recente álbum do grupo, "Chasing Contradictions", e a referências do jazz, segundo a apresentação do concerto.
Liderado pelo saxofonista, com Romeu Tristão (contrabaixo) e João Lopes Pereira (bateria), o trio apresenta "um 'set' em que explora o repertório de Thelonious Monk e de outras figuras tutelares do jazz", numa extensão do programa de "Chasing Contradictions" (2022).
"Played Twice", de Thelonious Monk, faz parte deste álbum que inclui ainda, no alinhamento, "Orange Blossom", de Toscano, que também assina "Chasing Contradictions", "Totem", de João Lopes Pereira, e "Súplica / Vagas Paixões", a partir do fado de Ferrer Trindade.
O concerto acontece no dia 04 de maio, às 19:00, no Library Lounge do Brown's Avenue Hotel, em Lisboa.
As Brown's Jazz Sessions têm curadoria do diretor da Rimas e Batidas, Rui Miguel Abreu, e passam a acontecer todas as primeiras quintas-feiras de cada mês, no mesmo local.
A cada terceira quinta-feira do mês, a partir de 18 de maio, acontecem as Brown's Jazzing Out Sessions, dedicadas a talentos emergentes do jazz em Portugal, com curadoria do professor Massimo Cavalli.
Candidaturas para Bolsas Jovens criadores estão abertas até maio
O concurso para a edição 2023 do programa Bolsas Jovens Criadores está aberto até 15 de maio, nas áreas de Música e Literatura, informaram o Centro Nacional de Cultura (CNC) e o Instituto Português do Desporto e Juventude.
A iniciativa que "tem como objetivo estimular o trabalho criativo dos jovens nas diversas áreas das Artes e das Letras", e é destinado a residentes em Portugal, de idade não superior a 30 anos, que tenham já apresentado publicamente um trabalho na área em que concorrem, informa o CNC.
The National ajoute une autre date au Portugal
Les Américains The National ont ajouté un autre concert au passage par le Portugal en octobre, a révélé aujourd’hui le promoteur.
Selon Everything is New, le groupe de Matt Berninger a fixé une date supplémentaire, le 07 octobre, au Campo Pequeno, à Lisbonne, en raison de la forte demande de billets.
Le National avait déjà programmé des concerts le 05 octobre au Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota à Porto et le 06 octobre au Campo Pequeno à Lisbonne.
La nouvelle date est fixée quelques jours avant la sortie d’un nouvel album, « First Two Pages of Frankenstein », prévu pour le 28 avril.
Ancré par des mélodies évocatrices et un récit lyrique captivant, 'First Two Pages of Frankenstein' marque un nouveau chapitre dans la discographie bien-aimée du groupe. Produit par eux-mêmes, l’album de 11 chansons comprend des apparitions de Taylor Swift, Phoebe Bridgers et Sufjan Stevens.
Formé à New York en 1999, The National s’est produit à plusieurs reprises au Portugal, dont la dernière l’année dernière au festival Rock in Rio Lisbonne.
Camané, Ricardo Ribeiro, Mário Laginha et João Paulo Esteves da Silva ensemble en concert en décembre à Lisbonne
Les chanteurs de fado Camané et Ricardo Ribeiro et les pianistes Mário Laginha et João Paulo Esteves da Silva rejoindront la scène à Lisbonne en décembre pour un concert « mémorable », a annoncé aujourd’hui Warner Music Portugal.
Le spectacle « Deux voix, quatre mains » est prévu pour le 22 décembre, au Coliseu dos Recreios et réunit sur scène « quatre grands artistes » pour « un concert qui promet mémorable », peut-on lire dans le communiqué publié aujourd’hui.
Les voix « plus grandes » de Camané et Ricardo Ribeiro et les « mains magiques » de Mário Laginha et João Paulo Esteves da Silva, comme le décrit l’éditeur, se réunissent dans un spectacle « original et un incroyable entrelacement musical, dans les différents styles qui les caractérisent ».
Les billets pour le spectacle, dont le prix varie entre 20 et 45 euros, sont déjà en vente.
Le trio du saxophoniste Ricardo Toscano ouvre les Brown’s Jazz Sessions à Lisbonne
Le trio du saxophoniste Ricardo Toscano ouvre les « Brown’s Jazz Sessions », à Lisbonne, le 04 mai, avec un programme consacré au dernier album du groupe, « Chasing Contradictions », et des références au jazz, selon la présentation du concert.
Dirigé par le saxophoniste, avec Romeu Tristão (contrebasse) et João Lopes Pereira (batterie), le trio présente « un 'set' dans lequel il explore le répertoire de Thelonious Monk et d’autres figures tutélaires du jazz », dans une extension du programme de « Chasing Contradictions » (2022).
« Played Twice », de Thelonious Monk, fait partie de cet album qui comprend également, dans la programmation, « Orange Blossom », de Toscano, qui signe également « Chasing Contradictions », « Totem », de João Lopes Pereira, et « Súplica / Vagas Paixões », du fado de Ferrer Trindade.
Le concert aura lieu le 04 mai, à 19h00, dans le salon bibliothèque de l’hôtel Brown’s Avenue, à Lisbonne.
Les Brown’s Jazz Sessions sont organisées par le directeur de Rimas e Batidas, Rui Miguel Abreu, et ont lieu chaque premier jeudi de chaque mois, au même endroit.
Chaque troisième jeudi du mois, à partir du 18 mai, ont lieu les Brown’s Jazzing Out Sessions, dédiées aux talents émergents du jazz au Portugal, organisées par le professeur Massimo Cavalli.
Les demandes de bourses d’études pour jeunes créateurs sont ouvertes jusqu’en mai
Le concours pour l’édition 2023 du programme de bourses des jeunes créateurs est ouvert jusqu’au 15 mai, dans les domaines de la musique et de la littérature, ont indiqué le Centre national de la culture (CNC) et l’Institut portugais des sports et de la jeunesse.
L’initiative « vise à stimuler le travail créatif des jeunes dans les différents domaines des arts et des lettres », et s’adresse aux résidents au Portugal, âgés de moins de 30 ans, qui ont déjà présenté publiquement une œuvre dans le domaine dans lequel ils concourent, informe le CNC.
Filme "Corpos Cintilantes" de Inês Teixeira compete na Semana da Crítica de Cannes
Lisboa, 19 abr 2023 (Lusa) – A curta-metragem "Corpos Cintilantes", da realizadora portuguesa Inês Teixeira, está na competição oficial da Semana da Crítica, em paralelo ao Festival de Cinema de Cannes, em maio, em França, foi hoje anunciado.
"Corpos Cintilantes" é uma primeira obra da realizadora Inês Teixeira, com produção da Terratreme Filmes, e foi selecionada para a competição de curtas-metragens da Semana da Crítica, um dos programas de cinema que acontecem em paralelo ao Festival de Cannes.
Segundo a Terratreme, o filme "explora um momento particular na vida de Mariana, uma jovem de 16 anos, interpretada por Maria Abreu, que, ao ser convidada para passar um fim de semana em Leiria, em casa do seu colega Jorge [o ator Gaspar Menezes], começa a olhar para ele de outra forma".
Inês Teixeira estreia-se como realizadora, mas nos últimos anos tem "desempenhado profissionalmente as funções de anotadora, assistente de montagem e montadora de filmes e séries de televisão", refere a produtora.
A 62.ª Semana da Crítica de Cannes está marcada para 17 a 25 de maio.
O júri que atribui os prémios é presidido pela realizadora Audrey Diwan e conta, entre os seus elementos, com a participação do diretor de fotografia Rui Poças.
A par da Semana da Crítica, Cannes acolhe também a Quinzena de Cineastas, cuja programação, anunciada na terça-feira, integra a longa-metragem "Légua", de Filipa Reis e João Miller Guerra, e uma versão restaurada de "Vale Abraão", de Manoel de Oliveira, por ocasião dos trinta anos da sua estreia.
Também na Quinzena de Cineastas está previsto um foco na produção cinematográfica do norte de Portugal, na iniciativa "La Factory des Cinéastes", envolvendo a produtora portuguesa Bando à Parte e os realizadores André Guiomar, Mário Macedo, Melanie Pereira e Mariana Bártolo.
Na programação do Festival de Cinema de Cannes, na secção "Un Certain Regard", consta o filme "A Flor do Buriti", da realizadora brasileira Renée Nader Messora e do português João Salaviza, rodado com o povo indígena Krahô, do Brasil.
Le film « Sparkling Bodies » d’Inês Teixeira en compétition à la Semaine de la Critique de Cannes
Lisboa, 19 abr 2023 (Lusa) – Le court-métrage «Corpos Cintilantes », de la réalisatrice portugaise Inês Teixeira, est en compétition officielle de la Semaine de la Critique, parallèlement au Festival de Cannes en mai, en France, a-t-on annoncé aujourd’hui.
« Corpos Cintilantes » est une première œuvre de la réalisatrice Inês Teixeira, produite par Terratreme Filmes, et a été sélectionnée pour la compétition de courts métrages de la Semaine de la Critique, l’un des programmes de films qui se déroulent parallèlement au Festival de Cannes.
Selon Terratreme, le film « explore un moment particulier de la vie de Mariana, une jeune fille de 16 ans, jouée par Maria Abreu, qui, lorsqu’elle est invitée à passer un week-end à Leiria, chez son collègue Jorge [l’acteur Gaspar Menezes], commence à la regarder d’une manière différente ».
Inês Teixeira fait ses débuts en tant que réalisatrice, mais ces dernières années, elle a « exercé professionnellement les fonctions d’annotateur, d’assistant monteur et de monteur de films et de séries télévisées », explique le producteur.
La 62e Semaine de la Critique de Cannes se déroule du 17 au 25 mai.
Le jury qui décerne les prix est présidé par la réalisatrice Audrey Diwan et compte parmi ses membres, avec la participation du directeur de la photographie Rui Poças.
Outre la Semaine de la Critique, Cannes accueille également la Quinzaine des cinéastes, dont la programmation, annoncée mardi, comprend le long métrage « Légua », de Filipa Reis et João Miller Guerra, et une version restaurée de « Vale Abraão », de Manoel de Oliveira, à l’occasion des trente ans de ses débuts.
Toujours dans la Quinzaine des cinéastes, un accent est mis sur la production cinématographique dans le nord du Portugal, dans le cadre de l’initiative « La Factory des Cinéastes », impliquant le producteur portugais Bando à Parte et les réalisateurs André Guiomar, Mário Macedo, Melanie Pereira et Mariana Bártolo.
Au programme du Festival de Cannes, dans la section « Un Certain Regard », il y a le film « A Flor do Buriti », de la réalisatrice brésilienne Renée Nader Messora et du Portugais João Salaviza, tourné avec le peuple autochtone Krahô du Brésil.
Lisboa, 19 abr 2023 (Lusa) – O novo trabalho de Bárbara Tinoco, "Bichinho", é um "álbum de fotografias auditivas", onde a cantora e compositora guardou "pequenos momentos, pequenas inseguranças" e músicas que a representam, alguém que gosta de "experimentar tudo" e arriscou "sair da caixa".
No álbum de estreia, editado em 2021, Bárbara Tinoco partilhava as páginas do diário, coisas que ia escrevendo, de si para si. Em entrevista à agência Lusa, a cantora contou que em "Bichinho", a ser editado na sexta-feira, quis escrever sobre coisas que ainda não tinha escrito e "emoldurar".
"Como se fosse um álbum de fotografias auditivas, em que fui guardando pequenos momentos, pequenas inseguranças, e que tem músicas que me representam – de onde é que eu vim, quem sou hoje, o que já fui –, e depois tem as canções de amor, que são inevitáveis, porque ainda ninguém inventou uma coisa mais bonita para escrever do que o amor", contou.
Bárbara Tinoco decidiu chamar "Bichinho" ao álbum, porque "reúne dois universos: o da tristeza e o de estar apaixonada e feliz".
Entre as dez canções incluídas no álbum, há uma para um "Querido ex-namorado" e outra, "Bichinho", que ofereceu ao atual, o músico e compositor Feodor Bivol.
Bárbara Tinoco partilhou que os dois universos cruzam-se na palavra 'bichinho' por ter sido esse o nome com que batizou os três gatos que adotou quando se separou, e o nome pelo qual começou a tratar Feodor Bivol, quando começaram a viver juntos.
Bárbara e Feodor compuseram o álbum "quase todo juntos". "E ele produziu algumas faixas também. Só não fazemos estrada juntos, para não ser tudo, se não daqui a um bocado já não nos podemos ver", disse.
"Bichinho" é também "um bocado a prova" de que a cantora gosta "de experimentar tudo", como aconteceu este ano no Festival da Canção em que apresentou pela primeira vez um tema cantado em inglês.
"[Em 'Bichinho'], sonicamente explorei muitas coisas que nunca tinha feito, estou a 'rappar', [algo] que nunca tinha feito. Tenho as minhas músicas acústicas na mesma, que são parte da minha identidade e costumo dizer que é a minha música meio seca, mas que eu adoro e que não vão deixar de ser eu. Mas tentei sair um bocado da caixa em todos os aspetos neste disco. Na escolha dos instrumentos, na escolha das produções", explicou.
No futuro quer tentar escrever em russo, língua que começou a aprender quando começou a namorar com Feodor, que nasceu na Rússia. "Ainda não falo russo o suficiente para escrever uma canção, mas gostava imenso de um dia escrever nessa língua", contou.
Por causa de Feodor começou "não só a aprender a língua, mas também as comidas típicas, como é que se fazem, a saber as tradições, a saber as festas, e a fazer parte da cultura".
"Ele aprendeu as coisas da minha família e eu aprendi as coisas da família dele", contou.
Além de compor e produzir no álbum, Feodor é também convidado enquanto cantor, que não é, em "Quero".
"Acho 'super bonito' ouvir pessoas que não são cantores a cantar melodias meio 'lullaby' [música de embalar]. Então pedi-lhe para cantar assim. Gosto mesmo da coisa trapalhona de uma pessoa, que não é cantor, não estar a cantar perfeitinho, mas estar a cantar de uma forma bonita, que até faz chorar", disse, partilhando que "ninguém gostava muito dessa canção", só mesmo ela, e por isso é a "canção egoísta" de "Bichinho".
O álbum é editado na sexta-feira, e no dia seguinte Bárbara Tinoco apresenta-se ao vivo no Campo Pequeno, em Lisboa, num concerto que está "completamente esgotado".
Bárbara Tinoco, uma autodidata, tornou-se conhecida do público em 2018, quando entrou na fase de 'provas cegas' do programa de talentos "The Voice Portugal" da RTP. Não foi selecionada, mas teve a oportunidade de apresentar um tema original - "Antes d'ela dizer que sim".
Seis anos depois, em 12 outubro de 2024, vai atuar na maior sala de espetáculos do país: a Altice Arena, em Lisboa. Os bilhetes, que custam entre os 17,50 e os 80 euros, já estão à venda.
"Sempre anunciámos os grandes concertos com muita antecedência", disse à Lusa, partilhando que já teve "muitas ideias" do que gostava de fazer em palco nesse dia, "mas ainda há muito trabalho pela frente".
Uma coisa é certa, o concerto na Altice Arena será "completamente diferente" do que apresenta no sábado no Campo Pequeno e que mostrou no final de março na Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, no Porto.
Lisboa, 19 abr 2023 (Lusa) – La nouvelle œuvre de Bárbara Tinoco, « Bichinho », est un « album de photographies auditives », où l’auteure-compositrice-interprète a gardé « de petits moments, de petites insécurités » et des chansons qui la représentent, quelqu’un qui aime « tout expérimenter » et risquer de « sortir de la boîte ».
Sur son premier album, sorti en 2021, Bárbara Tinoco a partagé les pages de son journal, des choses qu’elle écrivait, d’elle-même à elle-même. Dans une interview accordée à l’agence Lusa, la chanteuse a déclaré que dans « Bichinho », qui sera édité vendredi, elle voulait écrire sur des choses qu’elle n’avait pas encore écrites et « cadrer ».
« Comme s’il s’agissait d’un album de photographies auditives, dans lequel j’ai gardé de petits moments, de petites insécurités, et qui a des chansons qui me représentent – d’où je viens, qui je suis aujourd’hui, ce que j’étais autrefois – et puis il y a les chansons d’amour, qui sont inévitables, parce que personne n’a encore inventé quelque chose de plus beau à écrire que l’amour. » Dit.
Bárbara Tinoco a décidé d’appeler l’album « Bichinho » car il « réunit deux univers : celui de la tristesse et celui d’être amoureux et heureux ».
Parmi les dix chansons incluses sur l’album, il y en a une pour un « Cher ex-petit ami » et une autre, « Bichinho », qui offrait à l’actuel, le musicien et compositeur Feodor Bivol.
Bárbara Tinoco a partagé que les deux univers se croisent dans le mot « animal de compagnie » parce que c’est le nom avec lequel elle a baptisé les trois chats qu’elle a adoptés quand elle s’est séparée, et le nom par lequel elle a commencé à traiter Feodor Bivol, quand ils ont commencé à vivre ensemble.
Barbara et Feodor ont composé l’album « presque tous ensemble ». Et il a aussi produit quelques morceaux. Nous ne faisons tout simplement pas de route ensemble, pas pour être tous, si ce n’est pas dans un moment nous ne pouvons plus nous voir », a-t-il déclaré.
« Bichinho » est aussi « un peu la preuve » que la chanteuse aime « tout essayer », comme cela s’est produit cette année au Festival de la chanson dans lequel elle a présenté pour la première fois un thème chanté en anglais.
« [Dans 'Bichinho'], j’ai exploré beaucoup de choses que je n’avais jamais faites, je rappe, [quelque chose] que je n’ai jamais fait. J’ai mes chansons acoustiques dedans, qui font partie de mon identité et je dis généralement que c’est ma musique un peu sèche, mais que je l’aime et qu’elles ne cesseront pas d’être moi. Mais j’ai essayé de sortir un peu des sentiers battus dans tous les aspects de cet album. Dans le choix des instruments, dans le choix des productions », a-t-il expliqué.
À l’avenir, il veut essayer d’écrire en russe, une langue qu’il a commencé à apprendre quand il a commencé à sortir avec Feodor, qui est né en Russie. « Je ne parle toujours pas assez russe pour écrire une chanson, mais j’adorerais un jour écrire dans cette langue », a-t-il déclaré.
Grâce à Feodor, il a commencé « non seulement à apprendre la langue, mais aussi les aliments typiques, comment ils sont fabriqués, à connaître les traditions, à connaître les festivals et à faire partie de la culture ».
« Il a appris les choses de ma famille et j’ai appris les choses de sa famille », a-t-elle déclaré.
En plus de composer et de produire sur l’album, Feodor est également invité en tant que chanteur, ce qu’il n’est pas, sur « Quero ».
« Je pense que c’est super mignon d’entendre des gens qui ne sont pas chanteurs chanter des mélodies comme 'berceuse' [musique de berceuse]. Alors je lui ai demandé de chanter comme ça. J’aime vraiment la chose désordonnée d’une personne, qui n’est pas une chanteuse, de ne pas chanter perfeitinho, mais de chanter d’une belle manière, ce qui vous fait même pleurer », a-t-elle déclaré, partageant que « personne n’a beaucoup aimé cette chanson », seulement elle, et c’est donc la « chanson égoïste » de « Bichinho ».
L’album sort vendredi, et le lendemain Bárbara Tinoco se produit en live au Campo Pequeno, à Lisbonne, dans un concert qui est « complètement complet ».
Bárbara Tinoco, autodidacte, s’est fait connaître du public en 2018, lorsqu’elle est entrée dans la phase de « tests à l’aveugle » de l’émission de talents de RTP « The Voice Portugal ». Elle n’a pas été sélectionnée, mais a eu l’occasion de présenter un thème original - « Avant qu’elle ne dise oui ».
Six ans plus tard, le 12 octobre 2024, il se produira dans la plus grande salle de concert du pays : l’Altice Arena de Lisbonne. Les billets, qui coûtent entre 17,50 et 80 euros, sont déjà en vente.
« Nous avons toujours annoncé les grands concerts bien à l’avance », a-t-il déclaré à Lusa, partageant qu’il avait déjà « beaucoup d’idées » de ce qu’il aimait faire sur scène ce jour-là, « mais il y a encore beaucoup de travail à faire ».
Une chose est sûre, le concert à l’Altice Arena sera « complètement différent » de ce qu’il présente samedi au Campo Pequeno et qu’il a montré fin mars à la Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, à Porto.
Paris2024: Teresa Bonvalot assegura vaga olímpica no surf
Redação, 18 abr 2023 (Lusa) – Teresa Bonvalot assegurou uma vaga para Portugal na competição feminina de surf nos Jogos Olímpicos Paris2024, confirmou hoje a Associação de Surf Internacional (ISA), graças à 17.ª posição no ranking da Liga Mundial de Surf (WSL).
A surfista natural de Cascais, de 23 anos, esteve presente na estreia da modalidade em Jogos Olímpicos, ao conseguir o nono lugar da prova de Tóquio2020 disputada na praia de Tsurigasaki, em 2021.
Paris2024 : Teresa Bonvalot décroche sa place olympique en surf
Newsroom, 18 avr 2023 (Lusa) – Teresa Bonvalot a assuré une place pour le Portugal dans la compétition de surf féminin aux Jeux Olympiques de Paris 2024, a confirmé aujourd’hui l’Association Internationale de Surf (ISA), grâce à la 17e position au classement de la World Surfing League (WSL).
La surfeuse de 23 ans originaire de Cascais était présente aux débuts de ce sport aux Jeux olympiques, lorsqu’elle a pris la neuvième place de l’épreuve de Tokyo 2020 qui s’est tenue sur la plage de Tsurigasaki en 2021.